Euro 2024 - Notícias e Resultados

SUÍÇA-ITÁLIA, 2-0

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O (ainda) campeão em título está fora do Campeonato da Europa, mas só pode abrir a boca de espanto quem não viu o jogo com a Suíça, ou mesmo as impressões deixadas na primeira fase do torneio.

Em paz com aquilo que vale, a equipa helvética geriu o jogo como quis, fruto do tempo de maturação que encontrou. Serena e competente, está nos quartos de final pela segunda vez consecutiva.

Os sinais deixados na fase de grupos já apontavam para uma Suíça mais confiante, mas talvez não fosse assim tão expectável a forma autoritária como a equipa de Murat Yakin pegou no jogo logo de início. Instalada no meio-campo contrário, a beneficiar da experiência de Akanji, Ricardo Rodríguez, Aebischer e Xhaka para uma construção segura, e depois a soprar na nuca dos italianos assim que perdia a bola.

Faltava alguma acutilância no ataque, com Embolo algo só na frente, mas ainda assim a conseguir isolar-se para a primeira grande ocasião do jogo, negada por Gigi Donnarumma. A Itália tentou despertar, mas o melhor que conseguiu foi um remate de Chiesa intercetado por Akanji.

Ao juntar verticalidade à versatilidade com que os jogadores trocavam de posições, a Suíça chegou à vantagem. A movimentação de Embolo criou um buraco na defesa italiana que Remu Freuler explorou, servido por Vargas.

Luciano Spalletti foi para o intervalo visivelmente irritado, e até tratou de lançar logo Zaccagni, o herói do apuramento, mas os azzurri não voltaram mais despertos. Depois da assistência para o tento inaugural, Vargas aumentou a vantagem suíça logo na primeira jogada da etapa complementar, com um fantástico pontapé em arco.

Só com alguma solidariedade suíça é que a seleção italiana conseguiu aproximar-se do golo, com Schar a desviar de cabeça para o poste da baliza de Sommer, apanhado a meio do caminho.

A partir daí o jogo mudou de resto, mas foi mais por opção helvética do que propriamente por mérito transalpino. A equipa de Spalletti ainda atirou novamente ao poste, mas Scamacca, mas revelou-se estática, previsível, aborrecida.

A Bola
 
Alemanha-Dinamarca, 2-0

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O BVB Stadion, na designação uefeira, ou o Signal Iduna Park, na versão mais corriqueira, é conhecido, nos jogos do seu Borussia, pela enorme muralha amarela erguida pelos seus adeptos atrás duma das suas balizas.

Hoje o jogo não era do Borussia mas teve direito a duas muralhas e… vermelhas: uma erigida pelos (imensos) dinamarqueses nas bancadas e outra pela equipa dentro de campo, sobretudo antes da tempestade de granizo que levou à interrupção do jogo na primeira parte por longuíssimos 23 minutos, num esquema de três centrais a seguro e superiormente dirigido por Kasper Schmeichel, com intervenções soberbas aos (7’ e 10’), complementada por uma outra depois do interregno por força do mau tempo (37’).

A Alemanha começou o encontro com muita posse de bola, fazendo jus ao facto de liderar este item estatístico no Euro, mas os dinamarqueses não queriam deixar cair o castelo do seu reino e resistiam, até que começaram a equilibrar e a espreitar o contra-ataque, com o Hojlund a mostrar-se desastrado quando conseguia fugir à parede com rodas Rudiger.

Na segunda parte a toada não mudou, até que entre o minuto 51 e o 54 houve emoção a transbordar, pois Christensen, primeiro, introduziu a bola na baliza de Neuer mas o lance foi invalidado pelo VAR por fora de jogo e, logo a seguir, o videoárbitro a ser novamente protagonista ao detetar mão do mesmo protagonista na sua área e o lance a culminar em penálti convertido com sucesso por Kai Havertz. Musiala, pouco depois, fez o segundo e o jogo como que... terminou.

A Bola
 
Inglaterra-Eslováquia, 2-1 a.p.

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Bellingham evita eliminação aos 90’+5, de bicicleta; Kane completa reviravolta no prolongamento; Eslováquia esteve perto da festa

Uma Inglaterra cinzenta e presa nos seus próprios equívocos foi salva da eliminação pela sua maior figura, num pontapé de bicicleta hollywoodesco, a poucos segundos do apito final. Nessa altura, Saka já era lateral-esquerdo, Toney tinha entrado para dar mais presença na área ao lado de Kane, Eze acrescentara drible e o 4x2x3x1 tinha-se estilhaçado num 4x2x4 de desespero, uma fezada de Southgate, nada estruturada ou amplamente tática ou estratégica. Pouco tempo depois, no primeiro minuto do prolongamento, a muralha eslovaca desmoronou de vez, em mais uma bola parada, que teve sequência num mau remate de Eze. A bola sobrou, no entanto, para Toney, que cabeceou na direção do voo imperial de Kane para rematar a partida.

A Eslováquia, com muitos menos argumentos individuais, pareceu ter, desde o primeiro minuto, um melhor tecido coletivo. Pressionou e incomodou, e saiu rápido para o ataque, criando inúmeros calafrios a Pickford. Até que, aos 25, Kucka ganhou um duelo aéreo a Guéhi, a bola sobrou para Strelec, que entregou para o homem-golo Schranz. Walker tinha lido mal a jogada, preocupado com Haraslin, e só sobrava Pickford no caminho do extremo direito (e Guéhi, atrasado, apenas para fazer pressão e obrigar o rival a um remate com a ponta da bota).

A seleção dos Três Leões sentiu o golo e o peso do resultado, que acrescentou à responsabilidade das más exibições que já carregava. Tentou amparar-se em referências individuais, como Saka e Bellingham, e num futebol direto e de cruzamentos, por falta de coesão coletiva, porém o conjunto de Francesco Calzona sempre pareceu controlar as iniciativas britânicas. Até que apareceu Jude Bellingham, que fez como diz a letra: pegou numa canção triste e tornou-a melhor.

A Bola
 
Espanha- Geórgia, 4-1

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A tribo do futebol já tinha ficado (bem) surpreendida com a vitória da Geórgia sobre Portugal e ontem voltou a abrir a boca de espanto ao minuto 18 quando, sem nada o fazer prever, Le Normand introduziu a bola na sua própria baliza e, após um punhado de excelentes defesas de Mamardashvili — o nome é dificílimo mas a qualidade do guarda-redes é bem fácil de reconhecer—, inaugurou o marcador para os georgianos.

No entanto, após um período normal de algum desnorte, nuestros hermanos continuaram no seu jogo de posse mas com assertividade no ataque e empataram através de Rodri, após um passe de um dos prodígios da equipa, Nico Williams.

Na segunda parte, foi com laivos de arte que foi reposta a ordem natural das coisas — não nos podemos esquecer que na fase de qualificação os espanhóis bateram a Geórgia por 7-1 —, fruto dos golos de Fabián Ruiz, Nico Williams (convém ver e rever) e de Dani Olmo, com a superioridade espanhola a fazer-se sentir na velocidade de circulação e na pressão alta que, nesta fase do encontro, praticamente asfixiou a equipa de Willy Sagnol, a última a conseguir o apuramento para a fase final deste Euro alemão e a quem muitos apontavam derrotas expressivas nos três primeiros jogos. O inevitável Kvaratshskelia, suportado por Mikautadze, ainda tentaram dar vida ao ataque georgiano no segundo tempo, mas a parede que ergueram frente a Portugal foi-se desmoronando com a paciência espanhola, que tem mais matizes de tiki-taka do que da ancestral fúria espanhola, mas com a diferença em relação à filosofia Guardioliana dos extremos serem mais dados a movimentos de profundidade que desbaratam as defesas contrárias.

Terminou assim a aventura georgiana, que até podia ter sido por números mais pesados não fosse algum deslumbramento de Lamine Yamal. Mas, aos 16 anos, quem o não tem?

A Bola
 
França-Bélgica, 1-0

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Gauleses sofreram e estiveram muito tempo presos à boa estratégia belga, que até poderia ter sido mais feliz. Jogo emotivo até ao final

Bélgica e França são duas das equipas que, provavelmente, mais talento individual têm em todo o Europeu. Bons jogadores, super-bons jogadores e craques. De tudo a num nível elevadíssimo. Já se esperava, por isso, equilíbrio. Algo que se confirmou assim que iniciou a partida. Duas equipas com idênticos sistemas (4x3x3), fórmulas parecidas para anular as suas estrelas maiores de cada equipa (De Bruyne e Mbappé), mas tudo demasiado... preso.

Com pouco espaço, frenéticos duelos Koundé/Doku pela direita, Saliba/Lukaku, Tchouaméni/ Onana no miolo. Apesar da criatividade bem patente, em jogadores que dispensam apresentações, o confronto físico foi imagem de marca de uma primeira parte muito amarrada, com uma equipa gaulesa mais dominadora na posse, mas um adversário belga sempre periogoso com as suas duas setas da frente (Doku e Openda, entre o gigante Lukaku), preparadas a ferir o conjunto de Didier Dechamps.

A segunda parte foi melhor. Mais intensa e vibrante, mas sem perder a combatividade. Subiu, porém, na qualidade e emoção. E fez lembrar uma reflexão: «Não há ideias mais livres que as de um preso». Foi no período em que a França parecia ter cada vez menos soluções, se encontrava mais presa às rédeas belgas, apesar das muitas tentativas — gigante Tchouámeni foi tentando vezes sem conta a meia distância — além de Mbappé (54’) e Saliba (74’), que o golo acabaria por surgir. Numa jogada de insistência, força do recém-entrado Muani e dose de felicidade, pois o remate, mal preparado, acabou por desviar em Vertonghen e trair Casteels. A cinco minutos do final, quando antes, Lukaku (71’) teve a melhor ocasião belga para marcar. O colete de forças a que esteve presa a equipa francesa acabou por rasgar mesmo à... força. E de forma justa, já agora...

A Bola
 
Portugal 0-0 Eslovénia (3-0 após g.p.)



Foi preciso esperar até ao último suspiro, já nas grandes penalidades, para garantir um lugar nos quartos-de-final.

Sabia-se que a chave estaria na paciência, talvez a palavra mais dita ao longo da semana pelos jogadores e por Roberto Martínez. O que não se sabia era que a recompensa por essa paciência chegaria tão, mas tão tarde.

Apesar da superioridade em campo, a agressividade exibida pelos eslovenos complicou e muito a estratégia da seleção nacional, que só no último suspiro pôde sorrir. Foi nas grandes penalidades, mas foi. E tudo porque Diogo Costa fez o impensável e defendeu os três remates da seleção eslovena.

Uma exibição apoteótica que nos faz recuar 18 anos, quando Ricardo salvou Portugal frente à Inglaterra, ao defender sem luvas as grandes penalidades dos ingleses. Desta vez não foi necessária tamanha ousadia para sorrir no fim e voltar a colocar Portugal no caminho da França.

A responsabilidade estava, por razões óbvias, do lado da seleção nacional. Um rótulo colocado na testa dos onze eleitos por Martínez, que frente à Eslovénia optou por repetir os titulares que lograram a vitória diante da Turquia, a mais evidente na prova. E o peso do claro favoritismo cedo se exibiu, logo desde o apito inicial, com Portugal a tudo fazer para ser mandão, pressionante e perigoso. Um ímpeto sufocante para os eslovenos, que aos três minutos temeram em dose dupla o que sabiam não poder acontecer: sofrer primeiro. Rafael Leão e Rúben Dias estiveram perto, mas não o suficiente para abrir o marcador.

Martínez tinha pedido uma rápida recuperação à perda de bola para evitar as cavalgadas da dupla atacante eslovena e os primeiros minutos mostravam uma seleção atenta, com a tal "concentração competitiva" pedida por Pepe a meio da semana.

Portugal sabia que marcar cedo representaria o toque de midas para obrigar a Eslovénia a desmontar-se defensivamente, quase sempre com uma linha de cinco, às vezes de seis defesas, no momento defensivo - um cenário constante. Sabendo-o, Bernardo Silva não quis perder tempo e com um cruzamento apetitoso encontrou Bruno Fernandes que, já em esforço, não conseguiu desviar para a baliza de Oblak.

Aos 20 minutos o domínio português era absoluto, mas infrutífero. A muralha eslovena mantinha-se firme, compacta, organizada. Mas também atrevida aqui ou ali, talvez mais do que se esperaria, já que a estratégia de Matjaž Kek não se resumia a fechar-se em copas.

Um sinal que se tornou mais claro a meio da primeira parte, quando a seleção eslava começou a ter mais bola e a ocupar mais vezes o meio-campo de Portugal, terreno que pouco ou nada tinha pisado até então. Um atrevimento que ia empolgando os adeptos eslovenos, mas também os portugueses, que viam o adversário, aos poucos, ficar mais destapado lá atrás.

Aguardava-se um jogo de paciência de Portugal e era paciência que ia demonstrando não perder. Sempre com mais bola, a seleção nacional ia encontrando esperança nas arrancadas de Rafael Leão ou nos cruzamentos de Bernardo Silva, que não raras vezes iam deixando em muito posição ora Ronaldo, ora Bruno Fernandes, sempre muito próximos.

Foi preciso esperar 37 minutos para a primeira jogada de perigo real da Eslovénia. Um corte mal medido abriu uma autoestrada a Petar Stojanovic, que só não entregou de bandeja o golo a Sporar porque o bombeiro Nuno Mendes veio apagar o fogo que ele próprio tinha ateado no início da jogada. Estava melhor a Eslovénia, mais subida, e já perto do final da primeira parte foi a Eslovénia que esteve perto de sorrir. Sesko, estrela do Leipzig, o nome mais sonante dos eslovenos, procurou a sorte com um remate de longe. Diogo encaixou sem dificuldades, naquela que foi a primeira defesa do guardião do FC Porto.

Os últimos minutos do primeiro tempo foram frenéticos, com o jogo a partir-se, e foi por pouco que não terminou em glória para a seleção portuguesa. Rafael Leão encontrou Palhinha à entrada da área e o médio do Fulham atirou ao poste, segundos antes do árbitro italiano Daniele Orsato apitar para o final da primeira parte.

Dos primeiros 45 minutos, em suma, ficava sobretudo o ascendente português, apesar de insuficiente para contrariar a boa agressividade eslovena, que ia segurando o nulo no marcador.

Sem mexidas ao intervalo, o segundo tempo iniciou com duas investidas eslovenas, que apesar de não se traduzirem em situações de perigo iminente, reforçavam a ideia de que a Eslovénia, frente a Portugal, não queria apenas defender.

Sempre a rondar a baliza de Oblak, a equipa lusa parecia estar mais próxima do golo, mas foi precisamente nesse momento que a Eslovénia teve aquela que foi, provavelmente, a maior ocasião do encontro até então. A arma do contra-ataque só não foi letal por Sesko - quem mais? - não concluiu o enorme sprint da forma que pretendia. Passou por Pepe a voar, sim, a voar, e só falhou no momento da finalização, completamente desajeitada para alívio de Diogo Costa e dos que, atrás dele, enchiam um dos topos do Waldstadion.

Por esta altura, Roberto Martínez lançava Diogo Jota para o lugar de Vitinha. Ficou Bruno Fernandes no miolo a fazer o lugar do médio do PSG e o avançado do Liverpool colava-se a Ronaldo na frente de ataque.

O tempo passava a voar, sobretudo na perspetiva portuguesa, que aos 70 minutos continuava sem marcar, algo que desejava fazer o mais cedo possível, de forma a poder destruir precocemente a estratégia da Eslovénia. E essa incapacidade parecia notar-se no jogo da seleção, ansioso e menos paciente. Pelo contrário, e notava-se nas bancadas, os adeptos eslovenos iam acreditando que era possível fazer algo mais. A reação lusa mais eufórica chegou fora das quatro linhas, no momento em que Francisco Conceição saltou do aquecimento para entrar em jogo. O relógio marcava 75 minutos de jogo.

Queria Martínez agitar o jogo, desbloquear a barreira eslovena, mas dez minutos depois da entrada de Conceição, Portugal continuava longe da baliza de Oblak. Chico, à esquerda (e não à direita, onde se sente mais confortável), pedia mais bola, que raramente lhe chegava aos pés. E com o jogo a chegar ao fim, percebia-se também a apreensão da equipa portuguesa, receosa de ser surpreendida com um contra-ataque. Do outro lado, a festa continuava intacta. Sem nada esperar, estar empatado com Portugal a poucos minutos do fim era motivo de enorme alegria nas bancadas e de tamanha confiança no relvado.

E foi já com Chico do lado direito - terá lido Martínez? - que Cristiano Ronaldo esteve perto, tão perto de colocar um ponto final na partida. Valeu Oblak, que agarrou firme.

Nos descontos, muitos nervos de parte a parte. Um jogo taticamente desfeito em pedaços, carregado de emoção, que resistiu a qualquer golo. Chegava o prolongamento e ao meu lado, dois jornalistas eslovenos, olhavam para o outro com uma cara que nem consigo descrever.

E agora? Era o que perguntava qualquer adepto português ao fim dos 90 minutos. E agora? Afinal, talvez seja bom lembrar, o valor do plantel português, mais de 1054 milhões de euros, contra os 142 milhões de euros da Eslovénia, supunham uma tradução mais expressiva da discrepância clara de qualidade individual entre aa duas equipas. Mas o futebol, caro leitor, caso não se recorde, é um desporto coletivo. E nesse âmbito, não podemos dizer que até ao prolongamento uma equipa tenha sido melhor do que a outra. Não foi. Porque uma foi melhor a atacar, a outra tremendamente boa a defender.

A chegada ao prolongamento era recebida nas bancadas de forma quase antagónica. O receio nos olhos dos portugueses, a euforia nas gargantas dos eslovenos. Deve ter-se apercebido de que já faz algum tempo que não lê qualquer referência a um lance de perigo. Pois bem, tem razão, mas não se trata de qualquer esquecimento. O jogo assim decorria, com demasiado sangue nas veias, mas cada vez menos cerebral. E com isto a bola escaldava, mas longe das balizas.

Até que, já passava dos 100 minutos, Jota levou às suas costas 10 milhões de portugueses, só travados pela perna de Vanja Drkusic já dentro da área. Ronaldo rapidamente segurou na bola, não podia ser de outra forma, ainda se esperou pelo VAR, mas era mesmo grande penalidade. O capitão concentrava-se, Oblak tentava distraí-lo, Rúben Dias colocava-se à frente para que nada desestabilizasse Ronaldo. Olhou, partiu em direção à bola... e falhou. Uma enorme intervenção de Oblak devolvia o sorriso aos eslovenos e deixava Ronaldo em lágrimas. Literalemnte.

A equipa ainda estava a consolar Ronaldo quando arrancou a segunda parte, que ficaria marcada por um susto tremendo. Pepe, até então protagonista de um exibição majestosa, atrapalha-se em zona proibida e deixava nos pés de Benjamin Sesko um golo certo. Certo, mas não para Diogo Costa, que se agigantou entre os postes e salvou Portugal de uma hecatombe descomunal. O reconhecimento da importância da defesa chegou assim que o árbitro terminou o jogo, com todos, todos os jogadores e staff agradeceram Diogo Costa e motivaram o guardião para o embate nas grandes penalidades. E em boa hora o fizeram.

Aqui, Diogo Costa fez o pleno. Três defesas, três, em três remates! Depois da enorme intervenção ainda no prolongamento, Diogo Costa foi herói. O herói de uma nação. O primeiro foi apontado por Ronaldo, que pediu desculpa aos adeptos assim que bateu Oblak. Depois marcaram Bruno Fernandes e Bernardo Silva. Das lágrimas de tristeza de Ronaldo às de felicidade de Diogo Costa, o jogo com a Eslovénia ficará, certamente, nas primeiras páginas do livro de memórias da seleção nacional.

DesportoSapo
 
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