"A fragata russa chegou a Durban. A embarcação chinesa chegará mais tarde. Estamos em fase de preparação, a manobra principal será em 22 de fevereiro", disse uma fonte militar à AFP.
A África do Sul anunciou no mês passado exercícios conjuntos com as marinhas russa e chinesa "com o objetivo de partilhar habilidades e conhecimentos operacionais".
As operações envolvendo mais de 350 soldados sul-africanos devem continuar até 27 de fevereiro ao largo de Durban (sudeste), o maior porto da África Austral no oceano Índico, e Richards Bay, cerca de 180 quilómetros a norte.
A África do Sul afirmou ter assumido uma postura neutra desde que a invasão russa da Ucrânia começou há quase um ano, recusando-se a aderir aos apelos ocidentais para condenar Moscovo.
O chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, em visita a Pretória no mês passado, evocou "coisas irritantes" a propósito das relações entre a África do Sul e a Rússia.
A porta-voz da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, questionada sobre as manobras militares conjuntas, expressou "a preocupação dos Estados Unidos".
Durante uma visita em janeiro a Pretória do ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia, Serguei Lavrov, a sua homóloga sul-africano, Naledi Pandor, disse que "todos os países estão a realizar exercícios militares com os seus amigos".
Este tipo de exercícios militares "não costumam ser problemáticos e constituem uma experiência útil para a marinha sul-africana que pode assim treinar com navios estrangeiros", explicou à agência France-Presse (AFP) Guy Martin, editor-chefe do portal especializado South African DefenceWeb.
"Mas, do ponto de vista político, a decisão é questionável", admitiu.
"Estamos a ser usados ??como uma plataforma geopolítica pela Rússia", disse John Stupart, editor da African Defense Review.
Um punhado de manifestantes protestou hoje contra os exercícios defronte do consulado russo na Cidade do Cabo, a pedido da Associação de Ucranianos na África do Sul.
"Queremos que a Rússia saiba que não é bem-vinda aqui e que a África do Sul cesse imediatamente toda a cooperação", disse Dzvinka Kachur, uma ucraniana de 41 anos que vive na África do Sul.
"A África do Sul, como qualquer outro país, está a realizar exercícios militares com os seus amigos em todo o mundo", disse à AFP o porta-voz do consulado russo no início desta semana.
A fragata militar russa "Almirante Gorshkov", equipada com mísseis hipersónicos Zircon, atracou na Cidade do Cabo na segunda-feira para reabastecer antes de seguir para Durban.
"Somos atraídos para o espetáculo da propaganda russa", lamentou Kobus Marais, da Aliança Democrática, o principal partido da oposição, acerca deste caso.
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A África do Sul afirmou ter assumido uma postura neutra desde que a invasão russa da Ucrânia começou há quase um ano, recusando-se a aderir aos apelos ocidentais para condenar Moscovo.
O chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, em visita a Pretória no mês passado, evocou "coisas irritantes" a propósito das relações entre a África do Sul e a Rússia.
A porta-voz da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, questionada sobre as manobras militares conjuntas, expressou "a preocupação dos Estados Unidos".
Durante uma visita em janeiro a Pretória do ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia, Serguei Lavrov, a sua homóloga sul-africano, Naledi Pandor, disse que "todos os países estão a realizar exercícios militares com os seus amigos".
Este tipo de exercícios militares "não costumam ser problemáticos e constituem uma experiência útil para a marinha sul-africana que pode assim treinar com navios estrangeiros", explicou à agência France-Presse (AFP) Guy Martin, editor-chefe do portal especializado South African DefenceWeb.
"Mas, do ponto de vista político, a decisão é questionável", admitiu.
"Estamos a ser usados ??como uma plataforma geopolítica pela Rússia", disse John Stupart, editor da African Defense Review.
Um punhado de manifestantes protestou hoje contra os exercícios defronte do consulado russo na Cidade do Cabo, a pedido da Associação de Ucranianos na África do Sul.
"Queremos que a Rússia saiba que não é bem-vinda aqui e que a África do Sul cesse imediatamente toda a cooperação", disse Dzvinka Kachur, uma ucraniana de 41 anos que vive na África do Sul.
"A África do Sul, como qualquer outro país, está a realizar exercícios militares com os seus amigos em todo o mundo", disse à AFP o porta-voz do consulado russo no início desta semana.
A fragata militar russa "Almirante Gorshkov", equipada com mísseis hipersónicos Zircon, atracou na Cidade do Cabo na segunda-feira para reabastecer antes de seguir para Durban.
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