Fígado a autodestruir-se? O sintoma inusitado que jamais deve ignorar

Lordelo

Avensat
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Os médicos que diagnosticam doenças hepáticas têm vindo a detetar frequentemente o mesmo sintoma nos 'dedos' dos doentes com cirrose, uma patologia que pode demorar 10 anos até desenvolver e que conduz à destruição do fígado. É também chamada de doença hepática crónica e caracteriza-se pela morte das células do fígado, aparecimento de cicatrizes (fibrose) e alteração da sua estrutura.









Numa fase inicial, não existem quaisquer sintomas associados à cirrose hepática, o que dificulta o diagnóstico. Segundo a rede de saúde CUF, "os mais precoces costumam ser fadiga, perda de energia, de apetite e de peso, náuseas, dores abdominais e pequenos derrames na pele em forma de 'aranha'. Podem ocorrer hemorragias mais facilmente ou formação de 'nódoas-negras'".


Já na fase de descompensação, pode verificar-se icterícia (olhos e pele amarelados), ascite (barriga de água), inchaço das pernas, hemorragias digestivas sob a forma de vómitos ou fezes com sangue, alterações hormonais com disfunção eréctil e aumento das glândulas mamárias no homem e cancro do fígado (carcinoma hepatocelular ou hepatoma).


Além destes sinais, os doentes podem notar anomalias nas unhas. De acordo com um estudo do departamento de dermatologia da Universidade de Sohag, no Egito, sugerem que estas alterações em 80% dos participantes podem ser uma consequência da diminuição da imunidade, deficiência de ferro, anemia ou velhice.




"É importante que os médicos compreendam e analisem cuidadosamente as unhas em termos de cor, textura, espessura e curvatura, para se chegar a um diagnóstico rápido e precoce dos doentes com doença hepática", alerta os investigadores. As unhas de Terry (toda a unha fica branca), por exemplo, "podem desenvolver-se em doentes com cirrose avançada", alertam.


Um estudo de 2010 alertou para alterações nas unhas de cerca de 68% dos doentes com doença hepática. Em 2013, outro documento ceintífico, publicado no Journal of Evolution of Medical and Dental Sciences, apontou para mudanças nas unhas de 72% da amostra. Anos mais tarde, em 2018, um estudo divulgado no International Journal of Research in Dermatology revelou que os cientistas tinham notado alterações nas unhas de 60% dos doentes com doenças hepáticas crónicas.
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