Fotografia mostra gesto de afeto de auxiliar de enfermagem a idosa

Lordelo

Avensat
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Valdirene Machado trabalha no Lar Vicentino, em Itapeva (em São Paulo), instituição que registou 70 infetados com o novo coronavírus e 15 mortes relacionadas com a doença.




Como qualquer profissional de saúde num lar de idosos, dar medicação aos idosos, trocar-lhe os pensos e vigiar a sua saúde são as obrigações diárias de Valdirene, que trabalha nesta instituição há sete anos.


No entanto, Val - como é conhecida - vai além das suas funções técnicas, não dispensando um contato mais afetuoso para minimizar o sofrimento causado pela pandemia.


E isso mesmo prova uma fotografia tirada em novembro por uma funcionária do lar e publicada depois nas redes sociais.


A imagem mostra a profissional, sentada em uma poltrona, a dar colo a uma idosa. "É preciso ter esse carinho, além de fazer o básico. Eles [residentes] precisam da gente", conta Val, de 35 anos. De acordo com a profissional de saúde, a fotografia foi captada de forma espontânea. "Não foi nada programado, este tipo de cuidado tenho com todos e sempre", disse.


Em declarações ao G1, Val explicou que trabalha numa determinada ala do lar para evitar a contaminação noutras áreas do edifício e que é tudo feito de acordo com os protocolos de segurança, designadamente o uso de máscara e viseira. Como tantos outros profissionais de saúde a trabalhar em zonas com surtos de Covid-19, Val teve de alterar a sua rotina de forma drástica.


"Há um mês que não tenho contacto físico com os dois filhos, de 4 e 8 anos de idade. Ambos estão em casa da avó para evitar contaminação do novo coronavírus. Só vejo os meus filhos através do telefone. Não sei quando vou poder vê-los e novo", afirma.

IN:NM
 
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