"Os sonhos de manter a influência exclusiva em África e impedir outros participantes, principalmente a Rússia e a China, ainda estão vivos em Paris", disse a porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros russo, Maria Zakharova, numa conferência de imprensa.
"É óbvio", reiterou a porta-voz instada a comentar a viagem de quatro dias que Emmanuel Macron efetuou na semana passada a África, que incluiu o Gabão, Angola, Congo e República Democrática do Congo (RDCongo).
Em 02 de março, em Libreville, Macron assegurou que "a era da 'Françafrica' tinha terminado", considerando que a França era agora um "interlocutor neutro" em África.
Nos últimos anos, a França esforçou-se por romper com o conceito 'Françafrica', com práticas opacas e as redes de influência herdadas do período colonial.
Mas no continente, Emmanuel Macron foi criticado por continuar a encontrar-se com líderes africanos considerados autoritários, num contexto em que a influência e presença francesas estão a ser cada vez mais questionadas.
Com a ajuda de mercenários do grupo privado Wagner e campanhas de desinformação - que Moscovo nega - a Rússia está cada vez mais a ultrapassar Paris nesta histórica esfera de influência francesa.
"Paris quer determinar os países africanos selecionados, onde está disposta a fazer vista grossa aos golpes militares e às numerosas violações dos direitos humanos, desde que sigam cegamente" os seus interesses, denunciou Maria Zakharova.
Segundo a porta-voz, "a juventude, as elites dos países africanos veem cada vez mais claramente até que ponto a atitude de Paris em relação ao continente continua a ser contraditória e arrogante".
"Os africanos há muito que ganharam o direito de serem amigos de quem quer que desejem", frisou.
Na quarta-feira, numa intervenção no Senado francês, a chefe da diplomacia gaulesa, Catherine Colonna, salientou que a França pretende continuar a ser um "parceiro ativo" em África.
"Temos parceiros, desafios e ativos comuns para usar (...) É juntando todas as nossas ações que continuaremos a ser um parceiro ativo no continente", afirmou a ministra dos Negócios Estrangeiros.
A declaração de Colonna foi feita num período em que o sentimento antifrancês se espalha em vários países do continente, de que são exemplo as relações tensas simultaneamente com Marrocos e Argélia, e que a França está a repensar toda a sua presença militar no continente ao mesmo tempo que países como China, Rússia e Turquia expandem a sua influência.
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Mas no continente, Emmanuel Macron foi criticado por continuar a encontrar-se com líderes africanos considerados autoritários, num contexto em que a influência e presença francesas estão a ser cada vez mais questionadas.
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Segundo a porta-voz, "a juventude, as elites dos países africanos veem cada vez mais claramente até que ponto a atitude de Paris em relação ao continente continua a ser contraditória e arrogante".
"Os africanos há muito que ganharam o direito de serem amigos de quem quer que desejem", frisou.
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