França planeia castigar médicos que passem 'certificados de virgindade'

Lordelo

Avensat
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O governo francês planeia introduzir penas de prisão e multas para os médicos que forneçam os polémicos 'certificados de virgindade', requisitados para casamentos religiosos tradicionais.




A medida faz parte de um projeto de legislação que visa reforçar os valores seculares franceses e combater o que o presidente Emmanuel Macron chama de "separatismo islâmico", reporta a BBC.


O Ministério do Interior francês diz que a lei - que ainda não foi totalmente debatida pelos políticos franceses - sugere um ano de prisão e uma multa de 15 mil euros para qualquer profissional de saúde que emita um "certificado de virgindade".


Em declarações à France 3 TV News, cerca de 30% dos médicos franceses assumem ter sido solicitados no sentido de emitirem tais certificados, sendo que a maioria deles recusa-se a fazê-lo.


A Organização Mundial de Saúde considera que esta se trata de uma prática que vai contra os Direitos Humanos, e que não pode provar se uma mulher ou rapariga teve ou não relações sexuais vaginais.


Em França, embora sejam poucos os pedidos, estes continuam a existir, e surgem por parte, sobretudo, de jovens de origem muçulmana que temem a violência física por parte de familiares ou desonra familiar.

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