Futebol Feminino – «Agora já há maior respeito por Portugal» - Mónica Jorge

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«Agora já há maior respeito por Portugal» - Mónica Jorge


Ganhar competições é o êxtase para qualquer equipa. Portugal não é, naturalmente, exceção, contudo, há aspetos que se podem sobrepor à conquista de um troféu. É precisamente o caso da Seleção Nacional feminina, formação em crescimento e em período de renovação.

A pensar nisso mesmo, o conjunto luso participou este mês no Torneio Internacional de São Paulo, no Brasil, prova de grande nível e de elevado grau de dificuldade, aumentado ainda mais pelas participações do país organizador, maior potência mundial no setor feminino, Dinamarca, uma das equipas mais fortes da Europa, e o México, que ganha a cada ano mais poder no continente americano.

Perante este cenário, a Portugal pedia-se apenas uma participação respeitosa. Ainda assim, as representantes da Seleção foram mais além, empataram de forma estoica com a Dinamarca (0-0) e derrotaram surpreendentemente o México (1-0), não chegando à final do evento apenas porque o Brasil não fez o que era natural e perdeu e com as nórdicas.

Foi, então, uma participação de luxo que encheu de orgulho a Direção da Federação Portuguesa de Futebol, consciente de que a aposta que está a ser feita no futebol feminino começa a dar frutos. Disso deu conta a diretora, Mónica Jorge, também ela rendida à nova geração de jogadoras nacionais.

«Fomos para o Brasil apenas com o objetivo de evoluir em competição e chegámos com a certeza de que agora há maior respeito por Portugal. Sabemos que a equipa é jovem e só jogando a este nível pode evoluir», afirmou a dirigente, confessando que, tendo em conta o leque de equipas presentes, «este torneio é equiparável à fase de grupos de um Mundial».

A participação foi então digna, porém, será importante perceber que frutos poderá ter esta viagem ao outro lado do Atlântico no futuro do futebol português.

«Confirmámos que estas miúdas, sim porque a média de idades é de 21 anos, têm uma mentalidade competitiva acima da média, algo que nos deixa descansados para o futuro», assinalou Mónica Jorge, desvendando eventuais parcerias no futuro.
«Criámos uma boa relação com a Confederação Brasileira de Futebol e julgo que ficou em aberto a realização de futuras parcerias, câmbios entre os dois organismos. Jogos com o Brasil? É uma possibilidade. Elas querem competir na Europa e nós aprender com as melhores. Vamos ver», confidenciou.

António Violante operou uma renovação na Seleção. Deixou de fora jogadoras habitualmente titulares e optou por levar a São Paulo atletas oriundas da equipa de sub-19 e ainda outras que se têm destacado no campeonato nacional. É a aposta total na formação.

«Quanto mais cedo estas jogadoras forem colocadas em campo, mais depressa chegarão ao nível competitivo necessário. Mas percebi que todas, sem exceção, mostraram grande confiança, competência e enorme vontade de vencer. Essa é a imagem de marca que queremos deixar», assumiu Mónica Jorge.

O ano de 2012 fecha então com as metas totalmente alcançadas, sendo certo de que, a partir de agora, a Seleção já pode bater o pé a qualquer opositor. E a FPF sorri com os resultados da aposta no futebol feminino.
 
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