General ex-amigo do Presidente do Congo libertado após 5 anos de cadeia

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"A polícia deixou-o em casa. Muitos de nós estávamos na sua residência, onde chegou de fato e gravata", disse um familiar, sob condição de anonimato, à agência France-Presse.


O general escusou-se a falar à imprensa.

Antes de cair em desgraça em 2018, Norbert Dabira foi inspetor-geral do Exército e alto comissário para a reintegração de ex-combatentes.

Segundo a justiça congolesa, planeou um atentado contra Sassou Nguesso, atualmente com 80 anos - 39 dos quais na Presidência.

Durante o seu julgamento, o tribunal alegou que o objetivo de Dabira era abater o avião do chefe de Estado na descolagem ou na aterragem.

Dois anos antes de Dabira ter sido detido, o Presidente Sassou Nguesso foi eleito numa eleição cujos resultados foram fortemente contestados pela oposição, tendo o país atravessado nessa ocasião sangrentos atos de violência.

O general Jean-Marie Michel Mokoko, 76 anos, ex-chefe de gabinete e o ex-ministro André Okombi Salissa, 61 anos, candidatos às eleições de 2016, que nunca admitiram derrota, também foram julgados em 2018 sob a acusação de "minar a segurança interna do Estado".

Ambos foram condenados a 20 anos de cadeia.

As organizações não-governamentais locais denunciam frequentemente uma justiça a duas velocidades, face às penas aplicadas aos dois candidatos presidenciais e a Dabira.

O Presidente "deve perdoar os senhores Mokoko e Okombi Salissa", defendeu recentemente o opositor Destin Gavet, líder do partido Os Soberanos (LS, na sigla em francês).

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