Governo venezuelano confirma que Maduro não vai à cimeira em Buenos Aires

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"Nas últimas horas fomos informados de forma irrefutável de um plano traçado no seio da direita neofascista, cujo objetivo é realizar uma série de ataques contra a nossa delegação, chefiada pelo Presidente", referiu o executivo de Maduro num comunicado.


Perante isto, o chefe de Estado venezuelano tomou "a decisão responsável" de enviar o chefe das Relações Exteriores, Yván Gil, "como chefe da delegação com instruções para levar a voz do povo da Venezuela" à Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC), acrescentou a nota.

"Diante deste cenário de planos extravagantes desenhados por extremistas de direita" e "a fim de contribuir para o bom desenvolvimento e conclusão bem-sucedida" das atividades, Maduro decidiu não comparecer a esta reunião, frisou.

"Como Estado fundador (da CELAC), a Venezuela deseja garantir o sucesso deste principal mecanismo de união e integração regional a favor dos nossos povos", lê-se na nota.

Nicolás Maduro tinha agendado um encontro para hoje, em Buenos Aires, com o seu homólogo brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, que já tinha alertado para o cancelamento do encontro, antes de a Venezuela o comunicar oficialmente.

A possível presença do Presidente venezuelano - nunca confirmada oficialmente - gerou polémica e uma rejeição generalizada na Argentina, devido a denúncias de violações de direitos humanos na Venezuela.

A oposição política na Argentina, a partir dos testemunhos de venezuelanos exilados no país, apresentou denúncias penais contra Nicolás Maduro. Nos últimos dias, líderes políticos de centro-direita da Argentina pressionaram a Justiça para emitir ordens de prisão a Maduro em território argentino.

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