Lordelo
Avensat
Durante os meses frios é normal que se fique mais preocupado com gripes e constipações. No entanto, o risco de ataques cardíacos e acidentes vasculares cerebrais (AVC) também multiplica, entre pessoas com mais de 60 anos, nesta altura, segundo estatísticas do Serviço Nacional de Saúde britânico, citado pelo Huffpost, agregador de blogues.
Aliás, estes dados até demonstram que, antes da pandemia, os problemas cardíacos estavam ligados a cerca de 40% das mortes relatadas nos dias com temperaturas mais baixas.
Citando também a British Heart Foundation, instituição que faz pesquisa na área das doenças cardiovasculares, o Huffpost explica que o risco de ataque cardíaco e AVC, entre aqueles com 60 anos ou mais, era duas vezes maior após quatro dias consecutivos de frio.
A instituição diz ainda que o risco aumenta porque as temperaturas baixas fazem com que o sangue engrosse, causando coágulo sanguíneos, e que a pressão arterial aumente. Além disso, o frio também faz com que a frequência cardíaca aumente e que o coração trabalhe mais do que o normal.
Durante o inverno também se passa mais tempo em casa, ou seja, não se passa tanto tempo no exterior a fazer exercício físico. Adota-se, muitas vezes, um estilo de vida mais sedentário e que faz com que se ganhe peso, o que também não é benéfico para a saúde cardiovascular.
A poluição do ar também aumenta os fatores de risco, diz Mark Porter, médico correspondente do jornal The Times.
"A qualidade do ar pode ser má em qualquer época do ano, as concentrações de dióxido de nitrogénio e partículas tendem a ser maiores durante os meses mais frios e a exposição aumenta o risco de AVC e ataque cardíaco", explica.
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