Grupo usava cartões pré-pagos sem saldo e fazia compras de elevado valor

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O Ministério Público (MP) aplicou prisão preventiva a duas pessoas e a outras duas foi aplicada a medida de coação de apresentações obrigatórias diárias às autoridades depois de o grupo ter sido ouvido no âmbito de um alegado esquema que envolvia o uso de cartões pré-pagos.


De acordo com uma nota publicada , o esquema envolvia cinco pessoas, mas não foi possível identificar o quinto elemento. Os restantes foram ouvidos na semana passada, "fortemente indiciados da prática, em coautoria e concurso efetivo" de três crimes de burla, três crimes de abuso de dispositivo ou dados de pagamento e três crimes de contração de cartões ou outros dispositivos de pagamento.

Os arguidos, três homens e uma mulher, todos de nacionalidade brasileira, ter-se-ão apercebido de que "os cartões-presente pré-pagos e recarregáveis de lojas de um grupo económico tinham um defeito no funcionamento do sistema de carregamento, ficando o montante com que se pretende carregar o cartão disponível enquanto esse pagamento não é concretizado".

Desta forma, elaboraram um plano para conseguirem obter bens de valor elevado sem proceder ao seu pagamento. Os factos remetem a 28 de março, quando o grupo adquiriu cartões-presente, tendo, de imediato, procedido à cópia das respetivas barras magnéticas.

No dia seguinte, dois dos agora arguidos dirigiram-se a uma loja, onde fizeram um carregamento de 980 euros. "Enquanto a operadora de caixa efetua o carregamento e antes de proceder ao pagamento daquela quantia, a arguida realiza uma chamada telefónica para dar tempo para outros dois arguidos efetuarem a compra de telemóveis com outro cartão que tinha a mesma banda magnética", explicam os responsáveis do MP.

A nota minucia ainda que no momento em que outro envolvido conseguiu pagar o telemóvel, a mulher, que estava a solicitar o carregamento, disse à operadora de caixa que não conseguia pagar o cartão, acrescentando que se tinha esquecido do cartão multibanco em casa.

"Este plano foi usado pelos arguidos noutra loja do grupo, acabando por serem detidos na posse de vários produtos comprados com aqueles cartões-presente", refere o MP.

Após este primeiro interrogatório judicial, os arguidos que ficaram com a obrigatoriedade de se apresentar às autoridades ficaram também proibidos de contactarem entre si e de frequentar os locais onde ocorreram os factos.

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