Num 'briefing' dirigido à Assembleia-Geral da ONU sobre o relatório da "Nossa Agenda Comum" e a "Cimeira do Futuro", António Guterres defendeu que este é o momento das recomendações passarem a ações, de forma a tornar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) uma realidade para a população global, independentemente do país onde vivam.
Nesse sentido, e colocando a pressão nas maiores economias do mundo, Guterres dirigiu um apelo aos países do G20, "para que concordem com um 'Estímulo ODS' global de pelo menos 500 mil milhões de dólares por ano para apoiar os países do sul global".
Traçando um cenário dramático, o ex-primeiro-ministro português avaliou que o mundo está "mais perto do que nunca do limite", tendo em conta as várias crises que enfrenta, como o clima, conflitos, desigualdades, insegurança alimentar ou armas nucleares.
"E, no entanto, os nossos mecanismos coletivos não acompanham o ritmo ou a escala dos desafios. As atuais formas de governação multilateral, concebidas numa e para uma época passada, claramente não são adequadas ao mundo complexo de hoje, interconectado, em rápida mudança e perigoso", frisou.
Contudo, apesar de ser um defensor de uma reforma das Nações Unidas e, mais concretamente, do seu Conselho de Segurança, Guterres disse hoje não ter "intenção de criar novas instituições ou infringir os mandatos dos órgãos existentes".
Ao longo deste ano, adiantou, o Secretariado da ONU emitirá uma série de onze resumos de políticas, com ideias concretas dirigidas aos Estados-membros e que abordarão todas as formas de ameaças, além de uma visão holística de paz continuada, desde a prevenção, resolução de conflitos e manutenção da paz até ao desenvolvimento sustentável de longo prazo.
"As propostas abordarão os desafios à manutenção da paz e reconhecerão a necessidade de uma nova geração de missões de imposição da paz e operações antiterroristas, lideradas por forças regionais, com financiamento garantido e previsível. A União Africana é um parceiro óbvio a este respeito", adiantou o líder da ONU.
O resumo incluirá propostas para trazer o desarmamento e o controlo de armas de volta ao centro do debate sobre paz e segurança e abordará ameaças de tecnologias emergentes, incluindo inteligência artificial e guerra cibernética.
Também a participação dos jovens nas decisões de nível nacional e global, inclusive em todos os órgãos da ONU, é uma das prioridades de Guterres, que incluiu "uma proposta para a nomeação de um enviado para servir como voz global" da juventude.
"Não basta que as Nações Unidas tenham a agenda certa. Também precisam de experiência para trabalhar com os Estados-Membros na execução dessa agenda. (...) Precisamos de novas habilidades, novos conhecimentos, novas estratégias e programas", admitiu.
Muitas das propostas incluídas nestes resumos de políticas contribuirão para os preparativos da Cimeira do Futuro, agendada para o próximo ano.
"Esta é uma rica agenda de trabalho. É desafiador para todos nós. Mas é essencial para alcançar os ODS e garantir o nosso futuro coletivo", salientou o secretário-geral da ONU.
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Nesse sentido, e colocando a pressão nas maiores economias do mundo, Guterres dirigiu um apelo aos países do G20, "para que concordem com um 'Estímulo ODS' global de pelo menos 500 mil milhões de dólares por ano para apoiar os países do sul global".
Traçando um cenário dramático, o ex-primeiro-ministro português avaliou que o mundo está "mais perto do que nunca do limite", tendo em conta as várias crises que enfrenta, como o clima, conflitos, desigualdades, insegurança alimentar ou armas nucleares.
"E, no entanto, os nossos mecanismos coletivos não acompanham o ritmo ou a escala dos desafios. As atuais formas de governação multilateral, concebidas numa e para uma época passada, claramente não são adequadas ao mundo complexo de hoje, interconectado, em rápida mudança e perigoso", frisou.
Contudo, apesar de ser um defensor de uma reforma das Nações Unidas e, mais concretamente, do seu Conselho de Segurança, Guterres disse hoje não ter "intenção de criar novas instituições ou infringir os mandatos dos órgãos existentes".
Ao longo deste ano, adiantou, o Secretariado da ONU emitirá uma série de onze resumos de políticas, com ideias concretas dirigidas aos Estados-membros e que abordarão todas as formas de ameaças, além de uma visão holística de paz continuada, desde a prevenção, resolução de conflitos e manutenção da paz até ao desenvolvimento sustentável de longo prazo.
"As propostas abordarão os desafios à manutenção da paz e reconhecerão a necessidade de uma nova geração de missões de imposição da paz e operações antiterroristas, lideradas por forças regionais, com financiamento garantido e previsível. A União Africana é um parceiro óbvio a este respeito", adiantou o líder da ONU.
O resumo incluirá propostas para trazer o desarmamento e o controlo de armas de volta ao centro do debate sobre paz e segurança e abordará ameaças de tecnologias emergentes, incluindo inteligência artificial e guerra cibernética.
Também a participação dos jovens nas decisões de nível nacional e global, inclusive em todos os órgãos da ONU, é uma das prioridades de Guterres, que incluiu "uma proposta para a nomeação de um enviado para servir como voz global" da juventude.
"Não basta que as Nações Unidas tenham a agenda certa. Também precisam de experiência para trabalhar com os Estados-Membros na execução dessa agenda. (...) Precisamos de novas habilidades, novos conhecimentos, novas estratégias e programas", admitiu.
Muitas das propostas incluídas nestes resumos de políticas contribuirão para os preparativos da Cimeira do Futuro, agendada para o próximo ano.
"Esta é uma rica agenda de trabalho. É desafiador para todos nós. Mas é essencial para alcançar os ODS e garantir o nosso futuro coletivo", salientou o secretário-geral da ONU.
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