Lordelo
Avensat
Um estudo, publicado na revista Social Psychological and Personality Science, afirma que os indivíduos com taxas mais altas de 'traços sombrios', como a psicopatia, eram mais propensos a desconsiderar propositadamente protocolos destinados a impedir a propagação do novo coronavírus.
"Ficou claro, a partir de relatos nos meios de comunicação social desde o início da pandemia, que algumas pessoas rejeitavam os conselhos para se distanciarem socialmente", disse o autor do estudo e diretor do Laboratório de Personalidade do Whitman College, Pavel S. Blagov, ao PsyPost. Estas pessoas não só não mantinham a distância, como tossiam, cuspiam e lambiam maçanetas em público como uma técnica de intimidação ou rebelião.
"Podem existir muitas razões para isso, e eu pensei que a personalidade pode ter, pelo menos, um pequeno papel", diz Blagov, observando que pesquisas anteriores sugeriram que aqueles com traços fortes da 'tríade negra' (narcisismo, maquiavelismo e psicopatia) estão "ligados ao comportamento de risco na saúde".
Para chegar a esta conclusão, foram entrevistados 502 adultos norte-americanos durante o final de março. Estas entrevistas procuraram avaliar as personalidades dos participantes e saber se estes estavam a seguir os protocolos recomendados, como o distanciamento social.
Enquanto que a maioria dos participantes relatou estarem dispostos a agir de acordo com as recomendações para proteger entes queridos e também pessoas estranhas, outros afirmaram ignorar estes conselhos. Segundo Blagov, aqueles que rejeitaram as medidas tinham taxas mais elevadas de características psicopatas na personalidade, incluindo neuroticismo, desinibição e maldade
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