Yasser Arafat morreu em 2004
O Instituto de Física de Radiação do Centro Hospitalar Universitário, em Lausanne, confirmou, esta sexta-feira, que vai examinar o cadáver de Yasser para procurar eventuais indícios de evenenamento por polónio.
O centro recebeu no início de agosto uma carta da Autoridade Palestiniana pedindo o exame e solicitou o acordo da viúva do dirigente histórico palestiniano.
O advogado de Suha Arafat em Genebra, Marc Bonnant, declarou na quinta-feira à noite à Radio Televisão suíça que a sua cliente "quis esta investigação".
O Centro Hospitalar Universitário (CHUV) espera agora uma resposta escrita e formal do advogado e os seus peritos estão prontos a partir para a Cisjordânia, disse à agência France Presse o porta-voz do Centro, Darcy Christen.
"É uma questão de dias", disse, precisando que os especialistas realizarão primeiro uma "missão de reconhecimento", para se encontrarem com representantes da Autoridade Palestiniana, ver as condições do mausoléu e identificar as disponibilidades tecnológicas e científicas.
O objetivo do exame, a ser realizado numa segunda missão, é procurar eventuais indícios de polónio, substância radioativa altamente tóxica. No mês passado, o Instituto afirmou ter descoberto "uma quantidade anormal de polónio" quando analisou amostras biológicas em objetos pessoais do líder palestiniano entregues à viúva pelo hospital militar de Percy, no sul de Paris, onde Arafat morreu.
Isso fez ressurgir os rumores no mundo árabe de que o líder palestiniano, que morreu a 11 de novembro de 2004, tinha sido envenenado.
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