Lordelo
Avensat
Ter um intestino saudável pode ser um dos fatores mais importantes para o sucesso dos tratamentos contra o cancro, segundo um estudo que encontrou uma ligação entre a qualidade do microbioma intestinal e a resposta à imunoterapia contra melanoma, um tipo de cancro da pele muito agressivo.
De acordo com o estudo, publicado segunda-feira na revista Nature Medicine, "compreender as características do microbioma pode permitir que os médicos alterem o microbioma de um doente antes de iniciar o tratamento".
Os investigadores reuniram uma grande quantidade de indivíduos diagnosticados com melanoma e amostras de microbioma intestinal de cinco centros clínicos no Reino Unido, Holanda e Espanha. A presença de três tipos de bactérias no intestino – Bifidobacterium pseudocatenulatum, Roseburia spp. e Akkermansia muciniphila – foi associada a uma melhor resposta imunitária.
O conjunto de microrganismos que vivem no intestino pode ser alterado com mudanças simples na dieta, com a ingestão de probióticos, por exemplo. Essa mudança, por sua vez, altera a ação do microbioma no sistema imunitário.
Este estudo mostrou ainda que o próprio microbioma é fortemente influenciado por fatores como a dieta seguida pelo doente, a constituição física e o uso de medicamentos que inibem a enzima H+/K+-ATPase no estômago.
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