Lordelo
Avensat
Uma jovem inglesa de 23 anos contou o "pesadelo" que viveu após ter feito uma série de cirurgias estéticas na Turquia, por serem mais baratas e a conselho de amigas. Cherisse Massay, esteticista, fez um aumento mamário e um lifting às nádegas. Pagou seis mil euros pelas operações e acabou por ficar sem um mamilo e com implantes no sítio errado: acordou com implantes mamários colocados no traseiro.
Assim que acordou, e após oito horas no bloco operatório, a mulher conta que percebeu "logo que alguma coisa estava errada".
"Implorei às enfermeiras e aos médicos para verificarem, mas ninguém falava inglês. Eu nem conseguia levantar a cabeça com dores", recorda a jovem. Cherisse, de Salford, foi levada para os cuidados intensivos e sujeita a três transfusões de sangue: o corpo estava a rejeitar os implantes. Quando foram retirados, a inglesa viu que os implantes que lhe tinham colocado nas nádegas tinham tamanhos completamente diferentes e, pior ainda, eram indicados para serem usados em operações de aumento mamário.
Quando regressou ao Reino Unido, o pesadelo continuou. "Os meus seios estavam inchados e um dos meus mamilos não parava de sangrar, mas sempre me disseram na Turquia que era normal. Punham um penso e pronto", explica.
Quando visitou um novo médico, já de regresso a casa, é que lhe foi diagnosticada necrose dos tecidos. "Quatro dias depois o meu mamilo caiu no chão, quando eu retirava um penso. Fiquei para morrer", garante Cherisse.
A chorar, num vídeo publicado nas redes sociais, a jovem lamenta a decisão tomada de fazer as cirurgias naquele país, que a deixaram em risco de vida, sem um mamilo e com um buraco nos seios. "Sinto-me num filme de terror. As feridas cheiram a cadáver, porque a carne está a apodrecer", conta a inglesa em lágrimas.
"É tarde demais para mim e tenho um longo caminho de recuperação, mas espero que a minha história sirva de alerta e trave mulheres que pensem em apostar em cirurgias estéticas low cost noutros países. Os cirurgiões que vão visitar só querem o vosso dinheiro, não querem saber de vocês", defende Cherisse.
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