Um juiz do estado norte-americano da Geórgia ordenou, esta segunda-feira, que fossem divulgadas, parcialmente, partes do relatório de uma investigação especial à tentativa de Donald Trump, antigo presidente dos Estados Unidos, de reverter o resultado das eleições de 2020.
O relatório deverá ser divulgado na terça-feira, por ordem do juiz Robert McBurney. Na sua decisão, citada pela Associated Press, o magistrado pede que sejam disponibilizadas as introduções, conclusões e partes em que o júri demonstrou estar preocupado com a possibilidade de algumas testemunhas terem mentido à justiça.
McBurney também defendeu que as recomendações para uma possível acusação fossem mantidas em segredo até o processo estar concluído.
A decisão é de grande importância para o futuro de Donald Trump, que poderá enfrentar um novo desafio legal enquanto tenta voltar à Casa Branca nas eleições de 2024.
Na sequência das eleições presidenciais de 2020, Donald Trump promoveu uma campanha de forte desinformação, considerando que tinha perdido as eleições devido a uma alegada fraude eleitoral - algo que todas as entidades competentes desmentiram.
Um dos pontos mais importantes destas tentativas de reverter o resultado das eleições, Trump contactou o procurador-geral do estado da Geórgia, Brad Raffensperger, para que este "encontrasse" votos que lhe dessem a vitória na região. Durante sete meses, estas pressões por parte do antigo presidente e da sua equipa foram investigadas por um júri especial, que recolheu testemunhos de importantes aliados do líder republicano, nomeadamente Rudy Giuliani, o seu antigo advogado, o senador Lindsey Graham e o governador Brian Kemp.
Numa chamada a 2 de janeiro de 2021, que foi gravada e depois divulgada, Donald Trump ligou a Raffensperger, que também é do Partido Republicano, e pediu-lhe para "encontrar" mais votos para si. "O que quero fazer é o seguinte: quero apenas encontrar 11.780 votos", disse.
Desconhecem-se ainda as consequências do relatório, já que a decisão de acusar formalmente o antigo presidente, e outros aliados, de crimes eleitorais está nas mãos da procuradora Fani Willis.
Willis tem deixado claro que "toda a gente deve ser tratada de forma justa", argumentando contra a divulgação do relatório em vários momentos. No entanto, organizações não-governamentais contrariam a tese, apelando que todos os documentos da investigação sejam divulgados devido ao interesse público.
Trump tem sido acusado de muitos crimes e alvo de várias investigações, após a sua derrota em novembro de 2020. Além da influência na eleição, as teorias da conspiração difundidas pelo antigo chefe de Estado resultaram no ataque ao Capitólio, em janeiro de 2021, e o seu incentivo aos manifestantes estão também a ser investigados pelo Departamento de Estado.
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McBurney também defendeu que as recomendações para uma possível acusação fossem mantidas em segredo até o processo estar concluído.
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Na sequência das eleições presidenciais de 2020, Donald Trump promoveu uma campanha de forte desinformação, considerando que tinha perdido as eleições devido a uma alegada fraude eleitoral - algo que todas as entidades competentes desmentiram.
Um dos pontos mais importantes destas tentativas de reverter o resultado das eleições, Trump contactou o procurador-geral do estado da Geórgia, Brad Raffensperger, para que este "encontrasse" votos que lhe dessem a vitória na região. Durante sete meses, estas pressões por parte do antigo presidente e da sua equipa foram investigadas por um júri especial, que recolheu testemunhos de importantes aliados do líder republicano, nomeadamente Rudy Giuliani, o seu antigo advogado, o senador Lindsey Graham e o governador Brian Kemp.
Numa chamada a 2 de janeiro de 2021, que foi gravada e depois divulgada, Donald Trump ligou a Raffensperger, que também é do Partido Republicano, e pediu-lhe para "encontrar" mais votos para si. "O que quero fazer é o seguinte: quero apenas encontrar 11.780 votos", disse.
Desconhecem-se ainda as consequências do relatório, já que a decisão de acusar formalmente o antigo presidente, e outros aliados, de crimes eleitorais está nas mãos da procuradora Fani Willis.
Willis tem deixado claro que "toda a gente deve ser tratada de forma justa", argumentando contra a divulgação do relatório em vários momentos. No entanto, organizações não-governamentais contrariam a tese, apelando que todos os documentos da investigação sejam divulgados devido ao interesse público.
Trump tem sido acusado de muitos crimes e alvo de várias investigações, após a sua derrota em novembro de 2020. Além da influência na eleição, as teorias da conspiração difundidas pelo antigo chefe de Estado resultaram no ataque ao Capitólio, em janeiro de 2021, e o seu incentivo aos manifestantes estão também a ser investigados pelo Departamento de Estado.
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