"O processo está a decorrer neste momento", confirmaram à agência Efe fontes do tribunal de Moscovo.
Em fevereiro, a justiça russa tinha estendido por mais um mês a prisão preventiva do conhecido opositor, detido em abril de 2022.
Kara-Murza é acusado de alta traição por criticar publicamente no exterior as autoridades russas.
Além disso, os serviços secretos russos (FSB) consideram que o jornalista e ativista político "há muito tempo que coopera com um dos países da NATO".
O crime de "alta traição" é punível com vinte anos de prisão, mas a pena pode ser aumentada se o suspeito for alvo de vários crimes.
Declarado agente estrangeiro na Rússia, o jornalista e opositor, de 41 anos, foi acusado de desacreditar as Forças Armadas russas por um discurso proferido na Câmara dos Representantes do Arizona (EUA) em 15 de março.
Em abril de 2022, Kara-Murza foi detido em Moscovo por criticar a ofensiva na Ucrânia, nomeadamente nas redes sociais, e acusado de "divulgar informações falsas" sobre o exército russo, crime punível com dez anos de prisão.
Posteriormente, em agosto, quando já estava preso, foi acusado de ter trabalhado para uma organização designada como "indesejável" na Rússia, ao organizar, em 2021, em Moscovo, uma conferência sobre presos políticos.
Na sexta-feira, o Departamento de Estado norte-americano impôs sanções a seis cidadãos russos ligados à detenção do opositor.
Entre os sancionados encontram-se, nomeadamente, um vice-ministro da Justiça e um juiz.
Também hoje, a equipa do opositor revelou que Kara-Murza foi diagnosticado na prisão com polineuropatia nos membros inferiores, em decorrência de dois envenenamentos.
As complicações dessa doença ameaçam deixar Kara-Murza incapaz de andar, segundo a mesma fonte.
Considerado prisioneiro de consciência pela Amnistia Internacional, Kara-Murza cooperou com o empresário exilado Mikhail Khodorkovsky no Open Russia, antigo movimento dedicado à defesa dos direitos civis e da democracia.
Kara-Murza era próximo do político da oposição Boris Nemtsov, assassinado não muito longe do Kremlin em 2015 e afirma ter sido envenenado duas vezes por agentes russos, em 2015 e 2017, como consequência das suas atividades políticas.
O opositor tem cidadania russa desde o nascimento e obteve a cidadania britânica depois de se mudar para o Reino Unido com a sua mãe quando tinha 15 anos.
Em outubro de 2022, o opositor foi homenageado com o Prémio Václav Havel de Direitos Humanos, concedido pelo Conselho da Europa.
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O crime de "alta traição" é punível com vinte anos de prisão, mas a pena pode ser aumentada se o suspeito for alvo de vários crimes.
Declarado agente estrangeiro na Rússia, o jornalista e opositor, de 41 anos, foi acusado de desacreditar as Forças Armadas russas por um discurso proferido na Câmara dos Representantes do Arizona (EUA) em 15 de março.
Em abril de 2022, Kara-Murza foi detido em Moscovo por criticar a ofensiva na Ucrânia, nomeadamente nas redes sociais, e acusado de "divulgar informações falsas" sobre o exército russo, crime punível com dez anos de prisão.
Posteriormente, em agosto, quando já estava preso, foi acusado de ter trabalhado para uma organização designada como "indesejável" na Rússia, ao organizar, em 2021, em Moscovo, uma conferência sobre presos políticos.
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