O governo do Myanmar, país que se transformou numa brutal ditadura militar desde 2021, vai permitir que funcionários do governo e militares na reserva possam carregar armas de fogo, caso estes contribuem em ações de segurança e de censura.
A notícia surgiu esta segunda-feira a partir de relatórios de órgãos de comunicação independentes no país, que continuam a operar apesar da forte repressão.
O governo também exige que os cidadãos "leais" cumpram com as ordens das autoridades locais.
Num documento de 15 páginas, divulgado inicialmente por grupos pró-junta militar em contas do Facebook e do Telegram, data de 31 de janeiro após ter sido aprovado pelo gabinete de ministros em dezembro.
No texto, a junta militar, liderada por Min Aung Hlaing, também salienta que aqueles que tenham acesso a licenças de porte de arma devem ser leais à nação, sejam de bom caráter e não se envolvam em disrupções à segurança nacional.
A nova prorrogativa foi entretanto confirmada pelo porta-voz do exército birmanês, Zaw Min Tun, ao serviço da BBC em língua birmanesa. O governo justificou a medida com alegadas queixas de cidadãos que se querem proteger de grupos pró-democracia.
A ideia não é nova, depois de a ditadura que governou a antiga Birmânia entre 1962 e 2011 ter implementado uma medida semelhante. No entanto, uma breve insurgência democrática acabou por fazer o executivo de então reverter a iniciativa e mandar os cidadãos entregar as armas.
A junta militar de Myanmar tomou o poder através de um golpe de Estado há dois anos, prendendo a presidente Aung San Suu Kyie e condenando-a a dezenas de anos de prisão. Desde o golpe militar, têm sido vários os protestos e tentativas da população de repelir o exército e repor a democracia, mas as forças armadas continuam a segurar o poder através da repressão violenta (que tem resultado em vários mortos em protestos contra o governo).
Muitos grupos pró-democracia converteram-se, entretanto, em milícias armadas fora do alcance do governo, e têm sido muitos os incidentes violentos entre as forças democráticas e o regime.
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No texto, a junta militar, liderada por Min Aung Hlaing, também salienta que aqueles que tenham acesso a licenças de porte de arma devem ser leais à nação, sejam de bom caráter e não se envolvam em disrupções à segurança nacional.
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