Juros da dívida de Portugal descem

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Juros da dívida de Portugal descem

Os juros da dívida soberana de Portugal estavam hoje a descer em todos os prazos face a sexta-feira e depois de terem fechado na quarta-feira em máximos desde Novembro de 2012 devido à crise política no país.
Às 9:20, os juros da dívida a 10 anos estavam a transaccionar-se acima dos 7%, nos 7,095%, depois de terem fechado a 7,129% na sexta-feira e a 7,465% na quarta-feira, um máximo desde Novembro de 2012.
A dois anos, os juros também estavam a descer para 5,254% depois de terem fechado a 5,289% na sexta-feira e a 5,302% na quinta-feira, um máximo desde Novembro de 2012.
No prazo de cinco anos, os juros estavam nos 6,449%, abaixo dos 6,479% do encerramento de sexta-feira e dos 6,671% de quarta-feira, um máximo desde Novembro de 2012.
Os dois partidos da coligação governamental, PSD e CDS-PP, apresentaram sábado uma solução para a crise que passa por uma reorganização do executivo.
Esta será analisada pelo Presidente da República, que entre hoje e terça-feira vai ouvir os partidos com assento parlamentar.
Além das tentativas dos dois partidos da coligação governamental para resolver a crise em Lisboa, analistas afirmam que as declarações do presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, que assegurou na quinta-feira a manutenção de baixas taxas de juro na zona euro, foram determinantes para a descida dos juros da dívida.
O presidente do BCE, num anúncio histórico, antecipou que o BCE vai manter durante um “longo período” as taxas de juro baixas na zona euro.
Os juros da dívida subiram acentuadamente na quarta-feira devido à crise política desencadeada pela apresentação na terça-feira da demissão do ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros e líder do CDS-PP, Paulo Portas.
Na terça-feira, os juros da dívida soberana portuguesa já tinham subido durante a sessão e fechado em alta depois do ministro de Estado e das Finanças, Vitor Gaspar, ter apresentado a demissão a 1 de Julho, e ser substituído no cargo pela até agora secretária de Estado do Tesouro, Maria Luís Albuquerque, que entretanto tomou posse.
Os juros das dívidas de Itália e de Espanha também estavam a descer em todos os prazos.

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