Snowden, que revelou dados sobre um projeto de espionagem norte-americano, na origem da informação
O Governo britânico mandou espiar as comunicações e os computadores das delegações que participaram, em 2009, em duas cimeiras do G20 em Londres.
O "The Guardian" indicou ter tido acesso a documentos classificados que confirmam uma operação de "espionagem sistemática" realizada pela Central de Comunicações do Governo britânico (GCHQ). A operação consistiu na interceção das comunicações dos políticos e dos funcionários estrangeiros que participaram nas cimeiras do G20 (as 20 maiores economias do mundo) e na monitorização dos seus computadores.
O diário referiu que os documentos confidenciais foram entregues por Edward Snowden, o informático de 29 anos, atualmente refugiado em Hong Kong, que denunciou recentemente os programas de vigilância da Agência Nacional de Segurança dos Estados Unidos (NSA, em inglês) e que abalou a credibilidade da administração norte-americana.
O objetivo da operação, ocorrida em 2009 em Londres, era conhecer com antecedência as diferentes posições dos países que compõem o G20, incluindo de aliados como a África do Sul, segundo o The Guardian.
De acordo com o diário, os anfitriões britânicos terão na altura recomendado aos membros das delegações internacionais a utilização de um conjunto de cibercafés, locais onde os serviços britânicos conseguiam aceder às contas de correio eletrónico.
Em 2009, Londres acolheu duas reuniões do G20, em abril e em setembro. As reuniões foram então organizadas pelo Governo do primeiro-ministro trabalhista Gordon Brown.
No passado dia 7 de junho, o "The Guardian" foi um dos jornais internacionais que revelou informações sobre os programas de vigilância de serviços de Internet e de registos telefónicos utilizados pela NSA e pela polícia federal norte-americana (FBI).
Jn