Lordelo
Avensat
Uma mulher que se tornou amiga do homem responsável pela morte do seu filho vai apoiar o lançamento de um livro sobre a sua redenção.
Joan Scourfield e Jacob Dunne conheceram-se durante uma iniciativa de reintegração do presidiário, que cumpriu 13 dos 30 meses de prisão a que foi condenado. O homem, que na altura, em 2011, tinha 19 anos, agrediu James Hodgkinson à saída de um bar, em Nottingham.
James, de 28 anos, aparentava apenas estar ferido no queixo. No entanto, a agressão causou um derrame interno, que acabou por fazer com que o paramédico fosse operado. Ficou nove dias em coma até que as máquinas foram desligadas.
Dunne conta agora todo o processo de reintegração e redenção no livro 'Right from Wrong: My Story of Guilt and Redemption' ['Distinguir o Certo do Errado: A Minha História de Culpa e Redenção', numa tradução livre]. "Não sou contra o livro e acho que ele é muito honesto nele. Em algumas partes, acho que ele é demasiado honesto, mas essa é uma decisão dele", explicou a mulher, que perdeu o filho com, na altura, 28 anos.
A mulher explicou que tinha algumas reservas acerca de uma parte em que o recluso confessa que depois de ter sido libertado ainda roubou 2.500 libras (cerca de 2.955 euros), à pessoa que deu o seu nome à polícia britânica, aquando a morte do filho de Joan.
"É a história dele. Ele é de uma cultura de gangues e afastou-se disso. É admirável o que está a fazer", considerou, citada pelas publicações internacionais.
"Perguntámos-lhe acerca dessa situação e explicámos-lhe que se ele não ia pagar algumas royalties do livro a quem o denunciou, devia, pelo menos, dar à caridade", rematou a mulher
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