Lordelo
Avensat
Uma jovem mãe do Quénia está a dar que falar após lançar um apelo para que a ajudem a recuperar dois dos quatro bebés que teve num hospital em Nairobi. A mulher de 26 anos deu à luz quadrigémeos mas sofreu complicações durante a após o parto e a conta hospitalar chegou aos 30 mil euros. Sem dinheiro para pagar, viu-se forçada a fazer um acordo com a direção do hospital, que a obrigou a deixar dois recém-nascidos na unidade hospitalar até conseguir reunir a quantia necessária para pagar a dívida.
Segundo o Daily Star, Virginia Adihambo entrou em trabalho de parto às 31 semanas e foi levada para o Nairobi South Hospital. A gravidez foi um momento de grande alegria para a jovem, que há três anos fazia tratamentos de fertilização para conseguir engravidar, uma vez que sofria de quistos nos ovários. Deu à luz quatro bebés saudáveis (Micah, Jack, Teddy e Malik, mas sofreu complicações de saúde no pós-parto e foi admitida na unidade de Cuidados Intensivos cinco semanas.
"As minhas pernas e barriga começaram a inchar descontroladamente. Tinham uma infeção muito grave que não respondia a medicação. Recebi transfusões, que acabaram por gerar uma reação adversa que me atirou para os Cuidados Intensivos", relata a jovem.
Quando recuperou, a conta hospitalar já chegava aos 30 mil euros e Virginia e o marido, Charles, não tinham dinheiro para pagar. Reuniram com a administração do hospital e a solução encontrada foi deixar dois dos bebés como 'garantia' no hospital até o casal conseguir juntar a quantia da dívida.
"O Micah e o Teddy estão em casa, mas o Jack e o Malik ainda estão no hospital", conta emocionada a mãe das crianças, que teve que fazer a escolha mais difícil da sua vida. A mulher e o marido lançaram uma campanha de angariação de fundos nas redes sociais, pedindo ajuda, e estão confiantes de que a solidariedade falará mais alto e em breve a família poderá estar reunida. "Acredito que eles possam sair já no final desta semana. Isto se conseguirmos juntar todo o dinheiro. Porque quanto mais tempo eles lá ficarem, maior ainda será a conta hospitalar", lamenta a jovem queniana.
IN:CM