Macron e Xi pedem diálogo e rejeitam armas nucleares em mensagem conjunta

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Em declarações conjuntas após uma reunião bilateral no Grande Palácio do Povo, em Pequim, Macron defendeu ser necessário "retomar as discussões o mais rápido possível para construir uma paz duradoura".


Por sua vez, Xi disse que "armas nucleares não podem ser usadas" e condenou qualquer "ataque contra civis".

A ofensiva militar da Rússia no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro do ano passado, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Nas mesmas declarações, Xi Jinping disse que China e França devem manter uma atitude "razoável", visando "evitar um agravamento da situação na Ucrânia".

"A China espera uma solução política e negociações", apontou o chefe de Estado chinês, acrescentando: "Estamos prontos para trabalhar em conjunto com a França a partir de uma atitude razoável e com o objetivo de evitar um agravamento da situação".

O líder chinês acrescentou que espera que as partes envolvidas no conflito se abstenham de lançar "ataques contra civis", pedindo uma "proteção das vítimas" e expressando oposição "ao uso de ataques com armas químicas ou contra instalações nucleares".

Também pediu que se "mitigue o impacto" da guerra, sobretudo nos países em desenvolvimento, e defendeu que "às preocupações legítimas de todas as partes" sejam atendidas.

"A China acredita que a Europa deve desempenhar um papel independente num mundo multipolar. Apelamos à cooperação para responder a estas crises em domínios como a energia ou a alimentação", concluiu.

O Presidente francês afirmou, por sua vez, que a paz na Ucrânia "deve respeitar as pessoas atacadas, que são os ucranianos" e advertiu que não pode existir a "organização de uma segurança estável na Europa" enquanto um país do continente estiver ocupado.

Embora o governante francês tenha garantido que tanto Pequim como Paris querem "proteger o direito internacional", também observou que "o respeito pela soberania e integridade territorial da Ucrânia" é a "condição para uma paz duradoura".

Macron sublinhou que conta com a China para "trazer a Rússia de volta à razão e sentar todas as partes na mesa das negociações".

A China divulgou recentemente uma proposta a pedir "uma solução política" para a guerra em curso na Ucrânia.

O plano chinês, composto por 12 pontos, foi criticado pelo Ocidente por colocar "o agressor e a vítima" ao mesmo nível.

O líder chinês viajou para Moscovo no final de março para encontrar-se com o Presidente russo, Vladimir Putin, e apresentar as suas propostas para a paz.

A Rússia enalteceu a disponibilidade da China para desempenhar o que considera ser um papel positivo na procura de uma solução para "a crise ucraniana".

No seu documento, a China, que se opõe às sanções contra Moscovo, defende o respeito pela integridade territorial dos países, incluindo a Ucrânia, e as "preocupações legítimas de segurança de todas as partes", referindo-se à Rússia.

Também houve especulações nas últimas semanas sobre a possibilidade de um telefonema entre Xi Jinping e o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, o que ainda não ocorreu.

[Notícia atualizada às 13h00]

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