Magnata egípcio Safwan Thabet e o filho libertados após 2 anos de prisão

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Safwan Thabet foi presidente e diretor-geral da empresa Juhayna, líder no mercado egípcio de laticínios e sumos enlatados e uma das maiores exportadoras do Egito para o Médio Oriente, Estados Unidos e a Europa.


Thabet estava em prisão preventiva desde dezembro de 2020 por suspeita de estar ligado à organização dos Irmãos Muçulmanos e por minar a segurança do Estado ao "instigar ataques contra o exército e a polícia".

Além de Thabet, que é neto de uma das figuras históricas do movimento Irmãos Muçulmanos, Hassan al-Hudaybi, foi também detido Seif el-Din pelo mesmo caso em fevereiro de 2021, recorda a agência noticiosa Europa Press.

As libertações foram anunciadas por Mariam Thabet, filha de Safwan e irmã de Seif el Din, numa comunicação divulgada pelo diário "Al Ahram".

ربي لك الحمد والشكر حتى ترضى

— Mariam Safwan Thabet (@mariamthabet)


O Supremo Ministério Público de Segurança do Estado tinha detido os dois empresários sob acusações de "financiar o terrorismo, minar a economia nacional e ingressar numa organização ilegal", aparentemente sem apresentar qualquer prova para apoiar as acusações.

Em 2021, a organização não-governamental Human Rights Watch (HRW) alertava que os dois empresários egípcios estavam por alegadamente terem recusado entregar ações da sua companhia a uma empresa do Estado.

Os oficiais da Agência de Segurança Nacional egípcia prenderam Safwan Thabet e o seu filho depois destes terem recusado entregar as ações da família na empresa a uma entidade estatal, segundo duas fontes que falaram com a HRW e um documento legal partilhado por uma terceira fonte.

A HRW declarou que estas detenções violaram os direitos básicos ao processo devido dos dois empresários.

"As detenções abusivas e aparentemente arbitrárias de Seif e Safwan Thabet expõe como o Governo está a usar as leis de terrorismo do Egito para punir empresários bem-sucedidos que se recusam a entregar as suas propriedades ao Estado", disse Joe Stork, diretor-adjunto da HRW para o Médio Oriente e Norte da África.

A organização Irmãos Muçulmanos, uma das maiores organizações muçulmanas do mundo, foi ilegalizada após o golpe de Estado de 2013 pelo atual presidente, Abdelfatá al-Sisi, no qual o seu antecessor, o islamista Mohamed Mursi, foi derrubado e encarcerado.

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