Mais de 600 milhões de dólares roubados num dos maiores ataques a criptomoedas de sempre

Lordelo

Avensat
img_900x508$2021_08_11_11_32_28_1069510.jpg

Mais de 600 milhões de dólares foram roubados naquele que poderá ser o maior ataque hacker de sempre ao mercado de criptomoedas. Os hackers terão aproveitado uma vulnerabilidade na plataforma Poly Network, que liga diferentes blockchains para que possam cooperar, tendo sido a própria a anunciar o roubo no Twitter.

"Caro hacker, somos a equipa da Poly Network. Queremos estabelecer comunicação e pedimos que devolvas os ativos roubados", pode ler-se na comunicação na rede social, onde mais tarde disse ter identificado a fonte da vulnerabilidade entre contratos que permitiu aos hackers entrarem. "A quantidade de dinheiro roubado é a maior na história das finanças descentralizadas".

"As autoridades legais de qualquer país vão encará-lo como um grande crime económico e serás perseguido. É muito insensato fazeres mais transações. O dinheiro que roubaste pertence a centenas de milhares de membros da comunidade cripto, ou seja, a pessoas. Devias falar connosco para trabalharmos numa solução", acrescentou a equipa.

A Poly Network não avançou logo a informação do montante, mas a empresa de segurança SlowMist explicou que mais de 610 milhões de dólares em criptomoedas foram transferidos para três endereços diferentes. "A equipa de segurança da SlowMist conseguiu intercetar o e-mail, IP e impressões digitais do dispositivo através de rastreamento dentro e fora da rede e está a acompanhar possíveis pistas relativas à identidade do atacante da Poly Network", anunciou também no Twitter.


O ataque terá sido preparado e organizado ao longo de muito tempo. As duas empresas pediram às plataformas de negociação que colocassem os tokens numa lista negra, sendo que a emitente da criptomoeda Tether "congelou" os seus 33 milhões de dólares envolvidos no ataque.

Bolsas cripto como a Binance também estão envolvidas na busca pelo hacker e pelos criptoativos roubados. O CEO Changpeng Zhao já disse saber do ataque. "Estamos a coordenar-nos com todos os parceiros de segurança para ajudar proativamente. Não há garantias. Vamos fazer tudo o que pudermos", escreveu na rede social.

IN:CM
 
Voltar
Topo