Esta proclamação seguiu-se à revolta dos separatistas unidos pelos salafistas e à captura das principais cidades do norte, incluindo Kidal, onde decorreu hoje a cerimónia, noticiou a agência France-Presse (AFP).
Os separatistas assinaram um acordo de paz com o Governo do Mali em 2015, enquanto grupos fundamentalistas islâmicos continuaram a luta contra o Estado e o país mergulhou numa profunda crise de segurança.
Este acordo de paz está agora ameaçado, levantando receios da retoma das hostilidades entre os ex-rebeldes e o Exército do Mali.
Esta quarta-feira, a ex-rebelião tuaregue denunciou como "provocação" o sobrevoo da cidade estratégica de Kidal, sob seu controlo, por aviões do Exército nacional.
"A solução da separação Mali-Azawad [nome dado ao norte do Mali pelos ex-rebeldes] em dois estados totalmente distintos é essencial e vamos trabalhar para o conseguir, custe o que custar", frisou Atéyoub Ag Batey, um dos líderes do grupo independentista Movimento Nacional para a Libertação de Azawad (MNLA).
Batey apontou ainda "a total ausência de saída para a concretização do acordo" e denunciou "o desprezo" e os "golpes baixos" do Estado do Mali, liderado desde 2020 por uma junta militar.
O líder do MNLA também acusou a mediação internacional, que está a trabalhar há semanas para aproximar as partes, de "ambiguidade" e "procrastinação".
Nas imagens enviadas à AFP pelos participantes na cerimónia, vários homens surgem com armas e à frente de viaturas militares.
O MLNA anunciou em fevereiro a sua fusão com dois outros grupos armados no norte do Mali dentro da Coordenação dos Movimentos Azawad (CMA), uma aliança de grupos predominantemente tuaregues com componente árabe, onde participam também os separatistas Alto Conselho para a Unidade de Azawad (HCUA, na sigla em francês) e o Movimento Árabe de Azawad (MAA).
A CMA suspendeu a sua participação nos mecanismos de implementação do acordo de paz de Argel e denuncia há vários meses o seu "fracasso", devido, segundo estes, à falta de vontade política em Bamako.
Grandes áreas do norte estão sob o controlo da CMA. Esta desobediência à autoridade central gera grande irritação à junta militar no poder que, quando assumiu o país à força em 2020, fez como prioridade a soberania.
O Mali tem sido atormentado desde 2012 pela propagação do extremismo islâmico e uma grave crise de segurança, política e humanitária.
Os coronéis que tomaram o poder no Mali pela força em 2020 pressionaram pela rutura da aliança militar com a França e seus parceiros em 2022 e optaram por se voltar para a Rússia.
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Esta quarta-feira, a ex-rebelião tuaregue denunciou como "provocação" o sobrevoo da cidade estratégica de Kidal, sob seu controlo, por aviões do Exército nacional.
"A solução da separação Mali-Azawad [nome dado ao norte do Mali pelos ex-rebeldes] em dois estados totalmente distintos é essencial e vamos trabalhar para o conseguir, custe o que custar", frisou Atéyoub Ag Batey, um dos líderes do grupo independentista Movimento Nacional para a Libertação de Azawad (MNLA).
Batey apontou ainda "a total ausência de saída para a concretização do acordo" e denunciou "o desprezo" e os "golpes baixos" do Estado do Mali, liderado desde 2020 por uma junta militar.
O líder do MNLA também acusou a mediação internacional, que está a trabalhar há semanas para aproximar as partes, de "ambiguidade" e "procrastinação".
Nas imagens enviadas à AFP pelos participantes na cerimónia, vários homens surgem com armas e à frente de viaturas militares.
O MLNA anunciou em fevereiro a sua fusão com dois outros grupos armados no norte do Mali dentro da Coordenação dos Movimentos Azawad (CMA), uma aliança de grupos predominantemente tuaregues com componente árabe, onde participam também os separatistas Alto Conselho para a Unidade de Azawad (HCUA, na sigla em francês) e o Movimento Árabe de Azawad (MAA).
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