Mali. Líderes religiosos pedem aos fiéis que rejeitem Constituição

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A Liga Maliana de Imãs e Académicos para a Solidariedade Islâmica lançou este apelo poucos dias antes da data prevista para um referendo sobre esta nova Constituição.


A Constituição é um elemento-chave do vasto projeto de reforma invocado pelos militares para justificar a continuação do seu governo e a adoção do texto seria um passo importante no calendário conducente às eleições em fevereiro de 2024 e a um regresso ao governo civil.

No calendário elaborado pela junta, a nova Constituição deveria ser submetida a um referendo a 19 de março, mas existem dúvidas quanto ao cumprimento deste prazo e o coronel Assimi Goïta, líder da junta que tomou o poder pela força em 2020, não disse ainda nada sobre o assunto.

A versão apresentada como final da Constituição, entregue em 27 de fevereiro ao chefe da junta, indica o Mali como uma "República independente, soberana, unitária, indivisível, democrática, laica e social", mas algumas vozes questionaram desde logo o princípio da laicidade.

A grande maioria da população maliana é muçulmana.

A Liga dos Imãs do Mali, uma organização com forte crédito, denunciou a manutenção do princípio da laicidade do Estado em relação à Constituição de 1992 e exigiu "a retirada pura e simples da palavra" laicidade do projeto constitucional e a sua substituição pelo "Estado multiconfessional".

Numa declaração, a Liga "exorta solenemente todos os muçulmanos patrióticos a votarem contra o projeto de Constituição na sua forma atual no referendo".

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