Matou três mulheres com cocaína nos genitais. Acabou condenado a 160 anos

Lordelo

Avensat
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Jorge Ignacio Palma, de 41 anos, foi condenado a 159 anos e onze meses de prisão pelo Tribunal Provincial de Valência, em Espanha, por ter matado três mulheres ao lhes colocar cocaína pura nos seus genitais. Foi ainda condenado por tentar matar outras seis mulheres e por ter abusado sexualmente de outra. No entanto, só passará 40 anos preso.






Após Palma ter sido considerado culpado por um júri, no passado mês de julho, a magistrada do Tribunal Provincial de Valência, Clara Bayarri, considerou também que o acusado consumou os homicídios após abusar sexualmente das vítimas e de lhes colocar cocaína nos genitais contra a sua vontade. Os factos ocorreram entre junho de 2018 e novembro de 2019.


O ‘modus operandi’ consistia em contratar os serviços sexuais das vítimas, pedindo para incluir o consumo de cocaína. No entanto, o estupefaciente era colocado na vagina e no ânus das mulheres, sem o seu consentimento, com o intuito de as “subjugar” e “assassinar”.


Segundo a imprensa espanhola, a pena de 159 anos e onze meses de prisão é inferior à pedida pelo Ministério Público, que pedira 120 anos. No entanto, a magistrada recusou o pedido de prisão perpétua imposta por acusações privadas. Assim, segundo o tribunal, a sentença “tem um prazo máximo de vigência de 40 anos de acordo com a legislação”.


As vítimas mortais são Arliene Ramos, de 32 anos, Lady Marcela Vargas, de 26 anos, e Marta Calvo, de 25 anos. O desaparecimento de Marta Calvo, em novembro de 2019, foi o motivo que levou o suspeito a entregar-se à Guardia Civil, alegando, na altura, que a morte tinha sido acidental, após terem tido relações sexuais e misturado álcool com cocaína. O arguido confessou que, num momento de pânico, desmembrou o corpo da jovem de 25 e espalhou-o pela região de Valência. Passados quase três anos, o corpo ainda não foi localizado e Palma recusa-se a revelar o que fez com os membros.


Durante o julgamento, algumas das vítimas sobreviventes explicaram que denunciaram o homem após o reconhecerem na televisão no âmbito do ‘Caso Marta Calvo’. Apelidando-o de “monstro” e “assassino”, as testemunhas - que não foram identificadas - afirmaram ter denunciado Palma “para que ele não continuasse a matar”.


Já o agora condenado defendeu que “não tirou a vida” nem “tentou tirar a vida de ninguém”. “Não droguei ninguém, não violei ninguém e não coloquei cocaína nos genitais de ninguém”, alegou.


De acordo com a sua advogada, María Herrera, todas as vítimas sabiam que iam para uma chamada “festa branca”, que tinha como base o consumo de cocaína durante as relações sexuais, e podiam utilizar a palavra “basta” para interromper o ato.


Além da condenação de 159 anos e onze meses de prisão, o arguido foi também condenado a pagar uma indemnização de 640 mil euros às sete vítimas sobreviventes e aos familiares das três vítimas mortais.

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