Lordelo
Avensat
Um menino muçulmano, de quatro anos, foi encaminhado para o programa anti-extremismo do governo britânico depois de ter falado sobre o videojogo Fortnite num clube pós-escolar que frequenta.
A criança, de West Midlands, revelou a um funcionário do local que o seu pai tinha "armas e bombas no seu barracão". O menino fazia referência a um jogo que o pai costuma jogar, mas não referiu esse pequeno pormenor.
Todos os órgãos públicos, incluindo creches e escolas são obrigadas a reportar sempre que tenham contacto com alguém que corre risco de radicalização e o funcionário assim fez.
A criança foi denunciada ao grupo de prevenção do governo britânico que visa combater casos de radicalização e terrorismo no país.
O menino foi referenciado em setembro de 2019, noticia o The Guardian, tendo a polícia ido a sua casa para apurar o que estava a acontecer. Viria, afinal, a descobrir-se que o menino estaria a falar do jogo Fortnite, em que os jogadores são desafiados a coletar armas e bombas durante o jogo. O menino fez referência ao mesmo jogo um dia depois de um primo seu ter estado na sua casa a jogar.
Os pais lamentam o sucedido e dizem que, tratando-se de uma criança, as autoridades deveriam estar mais atentas ao que elas dizem, não fazendo especulações ao mínimo pormenor.
"Eles [os professores] sabem exatamente como são as crianças, e como são os jovens. Acredito que se fosse um rapaz branco, eles não teriam chegado ao extremo de o encaminhar para o esquema Prevent", afirma a mãe.
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