Merkel e Hollande pedem a Poroshenko mais autonomia para os rebeldes

kokas

Avensat
Membro Avensat
A chanceler alemã, Angela Merkel, e o Presidente francês, François Hollande, saudaram hoje o projeto de revisão constitucional do Presidente ucraniano, Petro Poroshenko, para aumentar os poderes das regiões, insistindo no "estatuto especial" das zonas controladas pelos separatistas.
19435538.jpg


"O Presidente francês e a chanceler alemã felicitaram o Presidente Poroshenko pelo lançamento da revisão constitucional, que deve conduzir a uma descentralização da Ucrânia, em conformidade com o pacote de medidas adotado em Minsk", em fevereiro, indicaram os três dirigentes num comunicado conjunto divulgado no final da conversa telefónica que mantiveram.





Poroshenko apresentou no início de julho o seu projeto de revisão constitucional visando aumentar os poderes das regiões da Ucrânia, uma medida prevista nos acordos de Minsk, assinados em fevereiro na capital bielorrussa.


O texto foi imediatamente criticado pelos rebeldes separatistas pró-russos do leste do país, porque a reforma não confirma o estatuto de semi-autonomia para os territórios sob o seu controlo.


Esta reforma "deve conduzir a uma descentralização da Ucrânia, em conformidade com o pacote de medidas adotado em Minsk, com particular ênfase no estatuto especial de algumas zonas das regiões de Donetsk e de Lugansk no projeto de constituição", sublinha-se no comunicado.


A conversa telefónica concentrou-se no estado atual da aplicação dos acordos de Minsk, tendo os três líderes concordado "que é necessário redobrar os esforços para pôr totalmente em prática o cessar-fogo e a retirada do armamento pesado", lê-se no documento.


Poroshenko "reafirmou a sua vontade de conseguir uma redução da intensidade do conflito em torno de Chirokine", perto do porto ucraniano de Mariopol, no sudeste do país, "bem como um acordo sobre a retirada das armas com calibre inferior a 100 milímetros".


O conflito que opõe o exército ucraniano aos rebeldes pró-russos no leste da Ucrânia desde abril de 2014 fez mais de 6.500 mortos.


Uma nova trégua foi instaurada a 15 de fevereiro no leste separatista, mas os combates mortais prosseguem quase diariamente.


A missão da Organização para a Segurança e a Cooperação na Europa (OSCE), cujos observadores se deslocaram para a zona do conflito, deu conta na quinta-feira, no seu mais recente relatório, de "um agravamento drástico" das violações ao cessar-fogo nos arredores do aeroporto de Donetsk, que passou para o controlo dos rebeldes em janeiro, após meses de intensos combates.



nm
 
Voltar
Topo