Ministros da Defesa da UE discutem fornecimento de munições a Kyiv

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A reunião informal na Suécia, organizada pela presidência sueca do Conselho da UE, está dividida em duas partes: No primeiro dia, terça-feira, os governantes dos 27 com a tutela da Defesa debaterão "as operações militares" que envolvem os Estados-membros da União, de acordo com uma mensagem disponibilizada pelo ministro da Defesa da Suécia, Pål Jonson.


Na quarta-feira, a prioridade do encontro é a continuidade do apoio militar que está a ser prestado à Ucrânia desde o início da invasão pela Rússia, há um ano.

"A segurança é uma das prioridades da presidência sueca à luz da invasão da Rússia à Ucrânia. Um apoio económico e militar forte da UE é crucial para as possibilidades que a Ucrânia tem de vencer a guerra", sustentou Pål Jonson.

Na reunião de quarta-feira estarão também presentes representantes militares de Kiev para fazer um ponto de situação sobre a contraofensiva nas regiões ocupadas pelas Forças Armadas russas.

Neste âmbito, há dois tópicos prioritários para os ministros da Defesa da União Europeia: encontrar financiamento para aquisição de munições de artilharia e a missão de treino de militares das Forças Armadas da Ucrânia.

Sobre estes dois tópicos haverá também 'inputs' de representantes da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO) -- uma vez que uma grande parte dos Estados-membros também pertencem à aliança militar - e da Organização das Nações Unidas (ONU).

Em cima da mesa poderá estar também a discussão do próximo pacote de apoio militar à Ucrânia, no valor de 1.000 milhões de euros. Fontes diplomáticas consultadas pela France-Presse (AFP) há cerca de uma semana revelaram que o alto-representante da União Europeia para os Negócios Estrangeiros, Josep Borrell, instou os 27 a disponibilizarem este valor para honrar o compromisso de fornecer com urgência as munições de artilharia pedidas por Kiev.

Este valor deverá integrar o Fundo Europeu de Apoio à Paz, para comprar projéteis de 155 mm utilizados pelas Forças Armadas ucranianas.

O assunto certamente será abordado ao longo destes dois dias de reuniões, mas a informalidade do encontro deverá impedir mais do que um possível acordo político, uma vez que a concretização do pedido feito por Borrell ainda terá de passar pelo crivo dos ministros das Finanças dos 27.

O chefe da diplomacia europeia é uma das vozes dentro do bloco comunitário que mais tem insistido na necessidade de redobrar o apoio militar à Ucrânia e de o fazer num espaço de tempo mais curto, para repelir a grande ofensiva de Moscovo esperada para o início da primavera -- quando as condições no terreno começam a ser mais favoráveis ao avanço dos militares russos.

Altos quadros militares de Kiev confirmaram há cerca de uma semana que a grande ofensiva russa já estará em andamento, mas pouco terá avançado numa altura em que os combates se concentram, sobretudo, em Bakhmut, na disputada região do Donbass.

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