"Eu espero que a Marinha portuguesa faça uma avaliação bem profunda, sem complexos, daquilo que se está a passar, para nós sabermos quem é que tem razão", afirmou o líder do PSD, numa intervenção em Évora, esta noite.
Montenegro afiançou que "nunca" vai "legitimar atos de indisciplina", mas alertou também: "Nós podemos ter razões para compreender aqueles que se recusaram a fazer aquela operação e temos de ter abertura de espírito para isso, não partir já para uma prévia condenação desse ato".
O líder social-democrata discursava numa assembleia distrital de Évora do partido, na qual tomou posse a nova comissão política distrital, presidida por Francisco Figueira.
Na iniciativa, no âmbito das Jornadas "Construir a Alternativa", o líder social-democrata considerou que o PSD está "no bom caminho, ao contrário do Governo".
E está "a construir a alternativa política para quebrar [o] círculo de empobrecimento" do país que deixa as pessoas à porta do hospital, que fecha urgências, que deixa navios atracados da nossa marinha porque a respetiva guarnição é a primeira a reconhecer que não havia condições de segurança para haver a operação que estava prevista", criticou.
Continuando a aludir ao episódio dos 13 militares da Marinha Portuguesa que se recusaram a embarcar o navio Mondego alegando falta de condições de segurança, no sábado à noite, para uma missão de acompanhamento de um navio russo a norte da ilha de Porto Santo, na Madeira, Luís Montenegro disse que cabe ao Chefe do Estado-Maior da Armada aferir o que aconteceu.
"Há uma coisa que eu sei. As nossas Forças Armadas precisam de disciplina, não há dúvida nenhuma, mas a disciplina tem que ser escrutinada por aqueles que são os destinatários das orientações e também por aqueles que são os emissários das orientações", afirmou.
Defendendo que é necessário que haja "maturidade" para que "todas as responsabilidades" possam ser apuradas, o presidente social-democrata 'apontou baterias' igualmente ao Governo e ao primeiro-ministro (PM), António Costa.
Montenegro disse que quer saber se o Chefe do Governo "está em condições" de "assegurar a Portugal que a Marinha tem todos os equipamentos e todos os recursos para cumprir a sua missão"
"Não é de dizer, como disse hoje, que o almirante Gouveia e Melo vai tratar de saber se houve ou não houve respeito pelas regras de disciplina", porque "isso não é a função do PM", criticou.
"Porque as notícias que nos chegam é que há várias embarcações da Marinha portuguesa que não estão em condições de operar de forma absolutamente segura e nós não podemos ter dúvidas quanto a isso porque está em causa, efetivamente, a nossa soberania e a nossa responsabilidade de preservar uma das maiores riquezas que temos, que é a nossa plataforma marítima", realçou.
RRL // RBF
Lusa/Fim
Montenegro afiançou que "nunca" vai "legitimar atos de indisciplina", mas alertou também: "Nós podemos ter razões para compreender aqueles que se recusaram a fazer aquela operação e temos de ter abertura de espírito para isso, não partir já para uma prévia condenação desse ato".
O líder social-democrata discursava numa assembleia distrital de Évora do partido, na qual tomou posse a nova comissão política distrital, presidida por Francisco Figueira.
Na iniciativa, no âmbito das Jornadas "Construir a Alternativa", o líder social-democrata considerou que o PSD está "no bom caminho, ao contrário do Governo".
E está "a construir a alternativa política para quebrar [o] círculo de empobrecimento" do país que deixa as pessoas à porta do hospital, que fecha urgências, que deixa navios atracados da nossa marinha porque a respetiva guarnição é a primeira a reconhecer que não havia condições de segurança para haver a operação que estava prevista", criticou.
Continuando a aludir ao episódio dos 13 militares da Marinha Portuguesa que se recusaram a embarcar o navio Mondego alegando falta de condições de segurança, no sábado à noite, para uma missão de acompanhamento de um navio russo a norte da ilha de Porto Santo, na Madeira, Luís Montenegro disse que cabe ao Chefe do Estado-Maior da Armada aferir o que aconteceu.
"Há uma coisa que eu sei. As nossas Forças Armadas precisam de disciplina, não há dúvida nenhuma, mas a disciplina tem que ser escrutinada por aqueles que são os destinatários das orientações e também por aqueles que são os emissários das orientações", afirmou.
Defendendo que é necessário que haja "maturidade" para que "todas as responsabilidades" possam ser apuradas, o presidente social-democrata 'apontou baterias' igualmente ao Governo e ao primeiro-ministro (PM), António Costa.
Montenegro disse que quer saber se o Chefe do Governo "está em condições" de "assegurar a Portugal que a Marinha tem todos os equipamentos e todos os recursos para cumprir a sua missão"
"Não é de dizer, como disse hoje, que o almirante Gouveia e Melo vai tratar de saber se houve ou não houve respeito pelas regras de disciplina", porque "isso não é a função do PM", criticou.
"Porque as notícias que nos chegam é que há várias embarcações da Marinha portuguesa que não estão em condições de operar de forma absolutamente segura e nós não podemos ter dúvidas quanto a isso porque está em causa, efetivamente, a nossa soberania e a nossa responsabilidade de preservar uma das maiores riquezas que temos, que é a nossa plataforma marítima", realçou.
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