Morreu de obesidade mas podia ter ido aos Paralímpicos, diz treinador

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O antigo treinador de Kaylea Titford - uma rapariga com deficiência, que morreu após ter ficado em situação de obesidade mórbida - revelou que a jovem tinha um "potencial impressionante" na equipa de basquetebol em cadeira de rodas da sua cidade natal e "podia tê-la colocado nos Jogos Paralímpicos com um empurrão".


Em declarações à BBC News esta quinta-feira, Steve Cox revelou ainda que Kaylea "foi bastante impressionante". "Gostaríamos de tê-la feito chegar mais longe no desporto para deficientes motores", apontou.

"Ela era uma pessoa maravilhosa e discretamente brincalhona", referiu o treinador.

Kaylea Titford tinha acabado de fazer 16 anos quando morreu na própria casa, no País de Gales, pesando mais de 140 quilos.

Na quarta-feira, no Tribunal de Swansea, o pai, Alun Titford, de 45 anos, . Isto após ter sido considerado culpado do crime de homicídio por negligência agravado.

Já a mãe, Sarah Lloyd Jones, de 39 anos, tinha anteriormente confessado o crime de homicídio involuntário, tendo sido condenada a seis anos de prisão.

Ao proferir a sentença, o juiz responsável pelo caso recordou uma jovem "competitiva nos desportos nacionais em cadeira de rodas" e que fez "tudo aquilo que podia ter feito por si própria" - mas que também, infelizmente, morreu "logo após o 16.º aniversário".

No âmbito deste caso, o juiz considerou que os pais de Kaylea Titford tinham "provocado a sua morte por uma negligência chocante e prolongada".

Segundo a Sky News, alega-se que, entre 24 de março e 11 de outubro de 2020, os progenitores não conseguiram garantir as necessidades alimentares da filha, levando à sua obesidade.

Também não terão garantido que ela tinha as condições higiénicas necessárias, que fazia exercício físico, que vivia num ambiente seguro, que existiam cuidados com a sua saúde física ou era-lhe fornecida a ajuda médica solicitada.

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