"Muda a vida". Relato de um dos primeiros jornalistas atacados na Ucrânia

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Um dos primeiros jornalistas a ser deu, na quinta-feira, uma entrevista à 'Fox&Friends', durante a qual falou da situação por que se passou, e que agora será imortalizada num livro a lançar a 14 de março, quando se assinala um ano do ataque na zona de Horenka, nas imediações de Kyiv.


"Ficou tudo escuro", contou Benjamin Hall durante a emissão no canal Fox News. "Foi como se todas as minhas partes do corpo - ossos, órgãos, tendões, alma - tivessem sido arrancados de mim", continuou.

"Tenho uma perna, não tenho pés, vejo através de um olho, tenho uma mão funcional, queimei tudo – e sinto-me mais forte, mais confiante do que nunca", notou.

O jornalista, que foi um dos primeiros a sofrer um ataque no contexto desta guerra - - conta ainda que não estaria vivo se não tivesse 'ouvido' as suas filhas, que estavam a milhares de quilómetros de distância.

Hall said experience taught him valuable lessons. "It’s really important when feeling low … to know there’s good on other side. If you work hard, if you dedicate yourself to getting somewhere and don’t stop trying to achieve that, you will get there.”

— chris west (@cwest0583)


"Estava quase morto", relatou, acrescentando: "Mas depois, improvavelmente, fora deste nada, uma figura surgiu, e eu ouvi uma voz familiar, tão real como como outra coisa qualquer que eu já tivesse vivido".

De acordo com o que contou, ele 'ouviu' as vozes das suas três filhas a dizer: "Papá, tens que sair desse carro". Hall acabou por rastejar para fora do carro onde os profissionais seguiam, e, momentos mais tarde, uma outra bomba atingiu o veículo. "Não haveria forma de estar aqui" se não tivesse saído do carro, contou na entrevista aos colegas.

O homem acabou por ser resgatado e uma organização sem fins lucrativos, a 'Save Our Allies', formada por antigos responsáveis das forças especiais norte-americanas, que o acabou por levar até à Polónia, onde ele foi tratado, com lesões graves.

"Reconstruíram-me", garantiu. "Reconstruíram-me física e mentalmente - deram-me essa força", contou, garantindo que todos aqueles que o ajudaram no processo de recuperação serviram de inspiração para o título do livro, 'Saved: A War Reporter’s Mission To Make It Home' ['Salvo: A jornada de um jornalista de guerra no regresso a casa', na tradução livre]. "É tudo sobre ser salvo por outras pessoas", notou.

Ao regresso de Benjamin Hall à televisão foi um momento emocionante, com este a recordar os seus colegas que foram mortos no ataque. "É um evento que muda a vida", explicou. "Aprende-se muito quando se passa por coisas como esta, e eu estava rodeado por tantas pessoas maravilhosas”, rematou.

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