Mulher alertou desaparecimento de namorado. Afinal, era espião russo

Lordelo

Avensat
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Gerhard Daniel Campos Wittich, alegadamente brasileiro com ascendência austríaca, deixou de responder às mensagens da namorada a meio de uma viagem na Malásia, em janeiro deste ano, o que levou a mulher a alertar as autoridades para o seu desaparecimento.






O Ministério dos Negócios Estrangeiros brasileiro, bem como várias comunidades locais, com recurso a grupos de Facebook, dedicaram-se a tentar encontrar Wittich, que dirigia empresas de impressão 3D no Rio de Janeiro.


O que a namorada e entidades (supostamente) não sabiam, no entanto, é que o homem tinha toda uma vida secreta.


Segundo meios de comunicação gregos, Gerhard Daniel Campos Wittich não é, na realidade, a identidade verdadeira deste homem, que, afinal, não é filho de pai austríaco e mãe brasileira, mas sim um espião russo.


O homem mantinha, ao mesmo tempo, uma relação amorosa com outra mulher, também ela espia de profissão, que se fez passar por uma mulher grega apelidada de 'Maria Tsalla', que as autoridades de Atenas descobriram em março deste ano.


A Grécia, diz o jornal britânico , acredita que Campos Wittich era um espião russo com o apelido Shmyrev, enquanto a sua mulher, 'Maria T.', nasceu Irina Romanova. Terão casado na Rússia, antes de embarcar nas suas missões profissionais, adotando o apelido do marido. A deixou Atenas em janeiro, pouco depois de Campos Wittich ter deixado o Brasil. O paradeiro de ambos é desconhecido.


Ao jornal, fonte das autoridades gregas disse "haver muito poucas dúvidas que estavam casados". Mais, o casal terá conseguido marcar encontros na Grécia, Chipre e França, possivelmente misturando convívios românticos com ações de espionagem.


O homem terá vivido no Rio de Janeiro durante, pelo menos, dois anos com a namorada, que liderou as buscas pelo namorado após o seu suposto desaparecimento na Malásia. “Ela está realmente assustada com esta situação e magoada com toda a dor de ter um fim abrupto da relação que era perfeita aos seus olhos”, disse uma das amigas da mulher, citada pelo Guardian.


Campos Wittich - ou Shmyrev - viajou para a Malásia em dezembro deste ano, supostamente para marcar presença num curso de impressão em 3D. Disse à namorada que ficaria por lá mas, a 9 de janeiro, apanhou um táxi para o aeroporto e deixou de responder às mensagens.


Uma história semelhante se deu na Grécia, em torno de 'Maria T.'. A mulher ligou a um empregado no fim de janeiro, utilizando um número de telemóvel do Quirguistão, para dizer que "algo importante tinha acontecido".

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