Um adeus triste
Um adeus triste por duas razões.
Uma derrota injusta e a certeza de que este, afinal, era um grupo ao nosso alcance.
Porque vistos os seis jogos em que o Vitória participou não se pode dizer que em algum deles a equipa tenha sido claramente inferior aos adversários ou demonstrado alguma fragilidade que fosse impeditiva de seguir em frente nesta liga Europa.
Foi em Guimarães que perdemos o apuramento.
Com duas derrotas cruéis.
Frente ao Bétis, mais por se ter verificado nos últimos instantes do que por ser totalmente imerecida( foi o jogo em que vi um adversário ser-nos superior especialmente na segunda parte), e hoje em que o Vitória fez uma exibição bem conseguida e que só não resultou em triunfo por erros próprios e alguma falta de sorte no momento de finalizar.
Rui Vitória para o jogo de hoje fez algumas mexidas na equipa.
Umas bem conseguidas outras nem por isso.
Comecemos pelas ultimas.
Os dois laterais, Pedro Correia (especialmente) e Addy, não aproveitaram a oportunidade e demonstraram o acerto do treinador em ter apostado nos jovens Amorim e Luís Rocha nos últimos jogos tal o desacerto exibicional demonstrado.
E se Addy, mala defender, ainda fez alguma coisa em termos ofensivos já Pedro Correia esteve francamente mal nos dois aspectos.
Com a agravante de ter visto dois amarelos em quatro minutos, um por entrada feia sobre um adversário e outro por provocar um penalti de forma ostensiva, que deixaram a equipa a jogar meia hora reduzida a dez unidades.
As outras mexidas foram acertadas.
Moreno fez um bom jogo a trinco, Crivellaro demonstrou que merece ser o 10 desta equipa porque nessa posição faz a diferença e Marco Matias regressou em bom plano e fez uma partida de grande empenhamento e alguns momentos de boa qualidade.
Gostei, uma vez mais, de André André a transportar jogo, da segurança dos centrais que nada tiveram a ver com os golos e de Tomané cuja evolução o torna já num jogador muito interessante e ainda com larga margem de progressão.
Douglas, como de costume, esteve bem e não foi por ele que perdemos.
Quanto ás substituições há que dizer que Plange e Maazou trouxeram velocidade e frescura ao ataque e André Santos não trouxe nada á equipa sendo uma substituição perdida numa altura em que a jogar com dez todos tinham de dar o máximo.
Globalmente creio que a equipa fez um bom jogo, criou bastantes oportunidades, e foi duramente castigada por uma derrota imerecida.
De salientar que a jogar em inferioridade numérica o Vitória ainda atirou duas bolas ao poste (Plange e Freire) e viu Malonga completamente isolado perder tanto tempo que acabou por não rematar da melhor forma o que traduz um inconformismo e uma capacidade de reacção que se assinala.
O árbitro fez uma arbitragem "francófona" de grande tolerância disciplinar para os compatriotas do senhor Platini e de grande rigor para o Vitória.
É impressionante a quantidade de faltas feitas pelos centrais franceses, especialmente sobre Tomané, antes de verem o primeiro amarelo aos 85 minutos!
Agora há que levantar a cabeça e continuar a lutar pelo quarto lugar e respectiva presença na Liga Europa da próxima época.
Depois Falamos
P.S Com todo o respeito pelas opções de Rui Vitória não percebo a não utilização de Russi uma vez mais.
Num jogo com estas caracteristicas tinhamos quatro médios no banco (Olimpio,Tiago Rodrigues, André Santos e Barrientos) para quê?
Sinceramente parece-me que já vi este" filme" noutro tempo com Soudani!
Que esteve uma época quase inteira a fazer número e depois quando teve oportunidades a "sério" agarrou o lugar e foi um dos jogadores mais determinantes da equipa na época passada.
Publicada por luis cirilo à(s) 11:50 PM