Lordelo
Avensat
As doenças cardiovasculares são uma das principais causas de morte em todo o mundo. A ciência tem feito vários esforços para encontrar soluções para o problema. Um dos mais recentes avanços consiste na utilização de tecnologias que tratam de genes infetados. Pode ser uma importante evolução no tratamento do colesterol.
Segundo a revista Time, é a chamada técnica Clustered Regularly Interspaced Short Palindromic Repeats, mais conhecida como CRISPR. Consiste na edição de genes que podem estar a provocar certo tipo de patologias.
“A tecnologia CRISPR poderá ser usada para tratar muitas condições, por exemplo, doenças neurológicas, cancro e doenças cardiovasculares”, explica à Time o professor de engenharia biomédica Qiaobing Xu.
É no tratamento do colesterol que se pretende aplicar mais rapidamente esta tecnologia. “Alguns genes que regulam os níveis sanguíneos de colesterol parecem ser bons alvos para as tecnologias de edição CRISPR”, continua.
Esta edição de genes já tem sido feita em animais e revelou-se segura e eficaz no controlo de doenças cardiovasculares. Esta é uma tecnologia que tem vindo a avançar e os primeiros testes em humanos já arrancaram.
Ainda assim, ainda existem alguns problemas na utilização desta técnica. “Um dos grandes desafios será provar a segurança e a especificidade em humanos”, refere a cardiologista Christie Ballantyne. “Existem efeitos negativos que podem demorar muito a aparecer”, continua.
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