Em declarações aos jornalistas no parlamento, Pedro Filipe Soares manifestou "enorme consternação" com a divulgação dos dados do relatório da Comissão Independente para o Estudo dos Abusos Sexuais de Crianças na Igreja Católica, assinalando o "número avassalador de crimes" cometidos.
O líder parlamentar bloquista deixou uma "crítica profunda a esta cultura de ocultação" e apelou "à necessidade inequívoca que seja feita justiça a todas as vítimas destes crimes hediondos e horríveis", manifestando solidariedade para com as vítimas.
"É criticável a forma como tantas vezes, até num Estado laico, a Igreja Católica tem sido protegida e é parte dessa proteção a responsabilidade que existe nestas décadas de ocultação destes crimes", sustentou.
Para Pedro Filipe Soares, este é o momento "para decisores públicos e legisladores terem a consciência de que um Estado laico implica a separação entre a Igreja e Estado e deitar por terra qualquer ideia que possa existir de uma relação de privilégio que possa dar lugar a que este regime de ocultação tenha mais presença no presente e no futuro".
Sobre a sugestão da comissão independente relativa à alteração dos prazos de prescrição, o líder parlamentar deu nota da abertura do BE para discutir essa proposta, considerando que esta "proposta nova colocada nos termos da proteção da vítima e da idade da vítima que nos parece ser sensata".
"E uma segunda nota para reforçar a necessidade da sociedade portuguesa investir quer em espaços de denúncias seguros para que as vítimas tenham a possibilidade de se dirigir em segurança e com confiança para defender os seus direitos e denunciar quem os tenha atentado e o segundo para investir na educação sexual", defendeu.
Segundo o dirigente do BE, esta proposta da comissão "não implica uma revisão geral dos prazos de prescrição", mas sim uma alteração cirúrgica e específica para que aumente para os 30 anos da vítima.
A Comissão Independente para o Estudo dos Abusos Sexuais de Crianças na Igreja Católica recebeu 512 testemunhos validados relativos a 4.815 vítimas desde que iniciou funções em janeiro de 2022, anunciou hoje o coordenador Pedro Strecht, referindo ainda que foram enviados para o Ministério Público 25 casos.
Os casos de abusos sexuais revelados ao longo de 2022 abalaram a Igreja e a própria sociedade portuguesa, à imagem do que tinha ocorrido com iniciativas similares em outros países, com alegados casos de encobrimento pela hierarquia religiosa a motivarem pedidos de desculpa, num ano em que a Igreja se vê agora envolvida também em controvérsia, com a organização da Jornada Mundial da Juventude, em Lisboa.
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Segundo o dirigente do BE, esta proposta da comissão "não implica uma revisão geral dos prazos de prescrição", mas sim uma alteração cirúrgica e específica para que aumente para os 30 anos da vítima.
A Comissão Independente para o Estudo dos Abusos Sexuais de Crianças na Igreja Católica recebeu 512 testemunhos validados relativos a 4.815 vítimas desde que iniciou funções em janeiro de 2022, anunciou hoje o coordenador Pedro Strecht, referindo ainda que foram enviados para o Ministério Público 25 casos.
Os casos de abusos sexuais revelados ao longo de 2022 abalaram a Igreja e a própria sociedade portuguesa, à imagem do que tinha ocorrido com iniciativas similares em outros países, com alegados casos de encobrimento pela hierarquia religiosa a motivarem pedidos de desculpa, num ano em que a Igreja se vê agora envolvida também em controvérsia, com a organização da Jornada Mundial da Juventude, em Lisboa.
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