Oficial: Portugal saiu da recessão

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A economia portuguesa progrediu 0,2% em cadeia no terceiro trimestre, anunciou hoje o Instituto Nacional de Estatística (INE). Bruxelas previa crescimento nulo.

Este desempenho permitiu ao País sair oficialmente da mais longa recessão desde que há registos - foram dez trimestres consecutivos a destruir riqueza. Portugal cresceu assim 0,2% entre Julho e Setembro - período em que se registou a crise política.

Em termos homólogos a economia portuguesa continuou a destruir riqueza: o PIB contraiu 1% no terceiro trimestre face a igual período do ano passado.

"A procura interna apresentou um contributo menos negativo para a variação homóloga do PIB, devido sobretudo à diminuição menos acentuada das Despesas de Consumo Final das Famílias Residentes. Em sentido oposto, o contributo da procura externa líquida diminuiu, refletindo principalmente a aceleração das Importações de Bens e Serviços", refere o INE, na nota publicada esta manhã.

Os últimos dados económicos - sobretudo a descida do desemprego para 15,6% e o crescimento de 5,8% das exportações -, indiciavam um comportamento positivo da economia nacional no terceiro trimestre, mesmo depois da progressão de 1,1% em cadeia registada entre Abril e Junho. As previsões dos economistas oscilavam entre o crescimento de 0,2% do PIB projectado pelo BBVA e uma progressão de 0,5% antecipada pela Universidade Católica. Surpreendeu contudo Bruxelas, que nas metas de Outono antecipava um crescimento nulo da economia nacional.

Os desempenhos positivos no segundo e terceiro trimestres não vão evitar um saldo anual negativo. O próprio Governo estima uma contracção de 1,8% do PIB na totalidade do ano. 2013 vai ser assim o terceiro ano consecutivo com a economia sob pressão - em 2011 o PIB contraiu 1,3% e no ano passado a destruição de riqueza foi de 3,2%.

Este relatório do INE é revelado a cerca de sete meses do fim do actual resgate financeiro e a poucos dias da votação final do Orçamento para 2014, que prevê um crescimento de 0,8% do PIB no próximo ano.

Com a economia a dar sinais de deflação e com os juros soberanos a 10 anos a cotar em 5,9% no mercado secundário, duas das grandes incógnitas são saber se o País será capaz de regressar a mercado primário de forma efectiva no prazo previsto, e saber que tipo de apoio Portugal poderá receber da Europa no pós-troika.

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