ONU adverte contra permissão de novos colonatos israelitas na Cisjordânia

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Na sua conferência de imprensa diária, o porta-voz de Guterres, Stéphane Dujarric, reiterou que "todos os colonatos são ilegais à luz do direito internacional e um obstáculo à paz", tal como o secretário-geral repete frequentemente em relação aos colonatos israelitas.


As medidas anunciadas pelo Governo israelita, "se forem concretizadas, irão minar ainda mais as perspetivas de uma solução viável de dois Estados (Israel e Palestina)", lembrou Guterres, que voltou a manifestar a sua "profunda preocupação" perante os factos.

O Governo de Israel anunciou no domingo a regularização de nove colonatos construídos na Cisjordânia ocupada sem autorização do Estado, medida apresentada como resposta a um ataque em Jerusalém no dia 10 em que um palestiniano atropelou e matou três israelitas.

"Em resposta aos ataques terroristas assassinos em Jerusalém, o Gabinete de Segurança decidiu por unanimidade regularizar nove comunidades na Judeia e Samaria", informou a assessoria de imprensa do Governo, usando o nome bíblico para a Cisjordânia.

"Essas comunidades existem há muitos anos, algumas existem há décadas", acrescenta o comunicado, referindo-se aos colonatos que serão legalizados.

Embora todos os colonatos na Cisjordânia sejam ilegais sob a lei internacional, alguns - geralmente os menores e mais improvisados ??- são considerados ilegais até mesmo por Israel, não tendo sido aprovados ou construídos através dos procedimentos burocráticos necessários.

Essas medidas enquadram-se na escalada de violência na região, que já deixou mais de 50 mortos este ano, na maioria palestinianos na Cisjordânia ocupada.

Também hoje, o secretário de Estados norte-americano, Antony Blinken, disse estar "profundamente preocupado" com a decisão de Israel em relação aos colonatos.

"Estamos profundamente preocupados com a decisão de Israel ontem [domingo] de avançar com a construção de até 10.000 casas e iniciar o processo para legalizar nove colonatos na Cisjordânia que antes eram considerados ilegais pela lei israelita", afirmou em comunicado.

Em Bruxelas, o alto representante para a política externa da União Europeia (EU), Josep Borrell, condenou também a legalização de colonatos.

"De novo, o Governo israelita anunciou ontem [domingo] a legalização conforme à lei israelita de nove colonatos e condeno esta decisão. Infelizmente, esta é uma tendência desde há anos", considerou Borrell em conferência de imprensa após abordar em Bruxelas a situação no Médio Oriente com o chefe da diplomacia da Arábia Saudita, Faisal bin Farhan Al Saud, e o secretário-geral da Liga Árabe, Ahmed Aboul Gheit.

Os dois interlocutores manifestaram posição semelhante, com o ministro saudita a considerar que esta legalização dos colonatos ilegais "apenas servirá para inflamar as tensões e complicar a situação".

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