Operação Páscoa mostra que portugueses "não sabem conduzir"

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O Automóvel Clube de Portugal disse, esta segunda-feira, que os resultados da sinistralidade rodoviária no período da Páscoa mostram que os portugueses "não sabem conduzir", sendo urgente apostar na formação dos condutores e tornar os exames mais rigorosos.

"Quando chove há menos mortos e os acidentes são menos graves, o problema que se coloca é que as pessoas não sabem guiar", disse à agência Lusa o presidente do ACP.

Carlos Barbosa reagia aos resultados da operação "Páscoa 2013" da GNR, que terminou com um balanço mais negativo face a 2012, com o registo de mais acidentes e mais vítimas mortais.

No total, a GNR registou, nos quatro dias da operação, 793 acidentes - mais 100 do que em 2012 -, os quais resultaram em oito vítimas mortais, mais sete face ao ano passado.

O presidente da ACP adiantou que os números da operação mostram que os portugueses "não sabem conduzir", sendo necessário uma reestruturação do ensino da condução, sobretudo ao nível dos exames

"Os exames em Portugal não são rigorosos, as cartas de condução são quase oferecidas através das escolas e dos centros de exames. Enquanto a legislação não mudar e os exames não forem mais rigorosos vamos continuar a ter esta matança nas estradas", sustentou.

Carlos Barbosa sublinhou que os exames devem passar a ser mais rigorosos e exigentes, como acontece em qualquer país da Europa, defendendo que o instrutor não deve ir dentro do carro juntamente com o examinador.

O presidente do ACP questionou também o destino dos mais de quatro milhões de euros provenientes dos prémios dos seguros automóveis, que deveriam ser aplicados em campanhas de segurança rodoviária, mas atualmente não se conhece o seu destino.

"As campanhas de segurança rodoviária reduziram substancialmente. Os cerca de quatro milhões de euros por ano que vão dos prémios dos seguros são para destinos desconhecidos. O ministro da Administração Interna terá que explicar para onde vai esse dinheiro, se é para carros, para pistolas ou para radares", acrescentou.

Carlos Barbosa considerou ainda que as campanhas "pararam substancialmente", sendo preciso que recomecem rapidamente para sensibilizar as pessoas.







JN
 
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