Oposição vai retomar protestos antigovernamentais no Quénia após Ramadão

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O líder veterano da oposição Raila Odinga, presente numa reunião da câmara municipal na capital, disse que seria anunciada uma data de reinício após o Ramadão, que termina na sexta-feira.


Um comício está agendado para domingo no histórico terreno Kamukunji na capital, onde o impulso para a política multipartidária foi feito nos anos de 1990.

A oposição tinha anteriormente organizado protestos, duas vezes por semana, que provocaram a morte de quatro manifestantes e levara ao fecho de empresas dentro do distrito comercial central da capital.

Durante os protestos, foram incendiados locais de culto no bastião de Odinga nos bairros de lata de Kibera e propriedades privadas pertencentes à família do antigo presidente.

As manifestações tiveram como objetivo exortar o Governo a baixar o custo de vida e persuadir a comissão eleitoral a abrir ao público os servidores informáticos que trataram das eleições gerais de 2022 - que a oposição questionou, apesar de o Supremo Tribunal ter defendido o resultado.

O Presidente William Ruto, que foi declarado vencedor nessas eleições, num discurso de Estado em 02 de abril, exortou a oposição a cancelar as manifestações e a permitir conversações.

Odinga cancelou as manifestações e ambos os lados nomearam, desde então, uma equipa de políticos que deverão deliberar sobre as questões levantadas pela oposição.

Mas a oposição acusou, nos últimos dias, o lado governamental de não estar empenhado e sério nas conversações, questionando a seleção de indivíduos pelo partido no poder que inclui desertores da oposição.

Odinga diz agora que os protestos vão continuar a acompanhar as conversações.

A oposição tem apelado ao envolvimento de outras partes interessadas, incluindo a sociedade civil, nas conversações, mas o partido no poder diz que deve continuar a ser um processo parlamentar.

Enviados diplomáticos ocidentais e grupos da sociedade civil apelaram à contenção e ao diálogo durante a série de protestos.

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