Em entrevista à agência Lusa em Lisboa, onde esteve para um encontro do Instituto Democrático do Centro (IDC, organização internacional que representa os partidos de centro-direita), Ossufo Momade, 62 anos, remeteu a decisão para o congresso da Renamo, a realizar antes das eleições gerais de 2024, mas disse estar pronto para concorrer contra o nome da Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo, no poder desde a independência), que insiste em classificar como um "partido-Estado".
"Eu estou disponível porque ainda sou jovem e tenho energia para continuar a dirigir o partido Renamo, mas tudo vai depender dos órgãos do partido. Ainda bem que vamos ter o congresso", o "órgão que decide em relação a quem vai ser o candidato do partido", afirmou Momade, à frente da Renamo há quatro anos, após a morte do fundador, Afonso Dhlakama.
Suceder a um líder carismático "foi um desafio", mas, "neste momento, estamos a trabalhar para unir a família Renamo, porque o objetivo principal da Renamo é dirigir o país", explicou Momade.
Nos seus quatro anos de liderança, tentou "unir a família" do partido, após a "morte do pai" para que possam "avançar juntos pelo bem de Moçambique", disse.
A falta de acesso da oposição aos processos de decisão do Estado, nomeadamente as estruturas eleitorais, são comuns a Angola ou outros países africanos, com "problemas idênticos" porque "os regimes não querem a alternância" política.
Exemplo disso foi o que aconteceu nas anteriores eleições municipais, com "vários municípios que, na primeira divulgação, davam a vitória à Renamo" e que, "depois, sem se perceber", foi a Frelimo que os conquistou, como os concelhos da Matola, Marromeu, Alto Molócuè, Mocuba ou Monapo.
"Em vez de apenas oito autarquias deveríamos estar a governar muito mais", afirmou Momade, admitindo que o grande objetivo eleitoral é aumentar a presença autárquica no país "não apenas para governar", mas para "melhorar a situação das pessoas, dos municípios", procurando "criar condições para terem água potável, ter centros de saúde, ter uma boa educação", entre outras questões.
No que respeita à capital, Ossufo Momade referiu que caberá aos órgãos do partido a escolha do cabeça de lista em Maputo.
"Tem de ser honesto, trabalhador e respeitar a população", resumiu o líder da Renamo, admitindo que a idade também será uma condição: "Nós queremos que seja uma pessoa com muita energia, porque não vamos entregar a cidade de Maputo a uma pessoa de idade avançada, não é?"
Sobre a possibilidade de ser um independente como candidato autárquico a Maputo, Ossufo Momade remeteu a decisão final para os "órgãos do partido", uma resposta que repetiu quanto à eventual recandidatura de Manuel de Araújo em Quelimane, que já foi elemento do Movimento Democrático de Moçambique (MDM, outro partido da oposição).
"Nas eleições em que ele foi indicado para ser presidente municipal não foi Ossufo que decidiu, foi a vontade local" da população, recordou o líder da Renamo.
A maioria parlamentar inviabilizou o agendamento de uma proposta para a realização de eleições distritais, mas Ossufo Momade insistiu que essa medida deve ser cumprida, recordando que esse escrutínio consta na Constituição.
"Não somos nós que queremos (eleições distritais), é a população e a Constituição que querem", frisou.
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"Eu estou disponível porque ainda sou jovem e tenho energia para continuar a dirigir o partido Renamo, mas tudo vai depender dos órgãos do partido. Ainda bem que vamos ter o congresso", o "órgão que decide em relação a quem vai ser o candidato do partido", afirmou Momade, à frente da Renamo há quatro anos, após a morte do fundador, Afonso Dhlakama.
Suceder a um líder carismático "foi um desafio", mas, "neste momento, estamos a trabalhar para unir a família Renamo, porque o objetivo principal da Renamo é dirigir o país", explicou Momade.
Nos seus quatro anos de liderança, tentou "unir a família" do partido, após a "morte do pai" para que possam "avançar juntos pelo bem de Moçambique", disse.
A falta de acesso da oposição aos processos de decisão do Estado, nomeadamente as estruturas eleitorais, são comuns a Angola ou outros países africanos, com "problemas idênticos" porque "os regimes não querem a alternância" política.
Exemplo disso foi o que aconteceu nas anteriores eleições municipais, com "vários municípios que, na primeira divulgação, davam a vitória à Renamo" e que, "depois, sem se perceber", foi a Frelimo que os conquistou, como os concelhos da Matola, Marromeu, Alto Molócuè, Mocuba ou Monapo.
"Em vez de apenas oito autarquias deveríamos estar a governar muito mais", afirmou Momade, admitindo que o grande objetivo eleitoral é aumentar a presença autárquica no país "não apenas para governar", mas para "melhorar a situação das pessoas, dos municípios", procurando "criar condições para terem água potável, ter centros de saúde, ter uma boa educação", entre outras questões.
No que respeita à capital, Ossufo Momade referiu que caberá aos órgãos do partido a escolha do cabeça de lista em Maputo.
"Tem de ser honesto, trabalhador e respeitar a população", resumiu o líder da Renamo, admitindo que a idade também será uma condição: "Nós queremos que seja uma pessoa com muita energia, porque não vamos entregar a cidade de Maputo a uma pessoa de idade avançada, não é?"
Sobre a possibilidade de ser um independente como candidato autárquico a Maputo, Ossufo Momade remeteu a decisão final para os "órgãos do partido", uma resposta que repetiu quanto à eventual recandidatura de Manuel de Araújo em Quelimane, que já foi elemento do Movimento Democrático de Moçambique (MDM, outro partido da oposição).
"Nas eleições em que ele foi indicado para ser presidente municipal não foi Ossufo que decidiu, foi a vontade local" da população, recordou o líder da Renamo.
A maioria parlamentar inviabilizou o agendamento de uma proposta para a realização de eleições distritais, mas Ossufo Momade insistiu que essa medida deve ser cumprida, recordando que esse escrutínio consta na Constituição.
"Não somos nós que queremos (eleições distritais), é a população e a Constituição que querem", frisou.
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