Péssimas notícias para quem passa horas em frente à televisão

Lordelo

Avensat
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Um grupo de investigadores da Universidade do Sul da Califórnia e da Universidade do Arizona, ambas nos Estados Unidos, descobriu que as pessoas que passam horas a ver televisão têm mais hipóteses de desenvolver demência.

Por outro lado, o mesmo estudo, publicado na revista científica Proceedings of the National Academy of Sciences, revela que ler um livro ou usar o computador parecem proteger o sistema cognitivo.

Os cientistas analisaram dados reunidos ao longo de 12 anos, relativos a 150 mil britânicos com 60 anos ou mais, para entender a ligação entre o sedentarismo e o risco de demência. Nenhum dos voluntários havia sido diagnosticado com a condição antes do estudo.

No final, os autores concluíram que, em matéria de envelhecimento cerebral, o tipo de atividade é mais importante do que o tempo que permanecemos sentados durante o período de lazer. Os dados mostram que as pessoas que desenvolveram demência assistiam a, pelo menos, três horas e 24 minutos de televisão por dia.

Como tal, ver quatro horas de televisão por dia foi associado ao aumento de 20% no risco de demência, em comparação aos que passavam menos de duas horas a fazer justamente o mesmo. Já uma hora de uso de computador foi associada à redução de 25% do risco de desenvolvimento da doença.

Embora o estudo tenha mostrado que ficar sentado ininterruptamente por longos períodos está associado à redução do fluxo sanguíneo no cérebro, a estimulação intelectual que ocorre durante o uso do computador pode neutralizar os efeitos negativos da posição, segundo os cientistas.



Demência é um termo genérico utilizado para designar um conjunto de doenças que se caracterizam por alterações cognitivas que podem estar associadas a perda de memória, alterações da linguagem e desorientação no tempo ou no espaço. Para a maioria não existe tratamento e também não há uma forma definitiva de prevenir a demência.

Recorde-se que a Organização Mundial de Saúde estima que existam 47.5 milhões de pessoas com demência em todo o mundo, número que pode chegar os 75.6 milhões em 2030 e quase triplicar em 2050, para 135.5 milhões. A doença de Alzheimer representa cerca de 60 a 70% de todos os casos de demência
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