Passos namora mais o PSD

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Líder quer medir o pulso ao partido e vai fazer campanha interna mais intensa do que há dois anos. Pelo meio, ainda terá tempo para ir ao Congresso do parceiro de coligação.

Pedro Passos Coelho está mais preocupado com o partido do que há dois anos e, por isso, vai dedicar mais atenção aos militantes sociais-democratas na campanha para a liderança do PSD.

As eleições internas para a escolha do presidente (em que Passos se apresenta como único candidato) são dia 25 de Janeiro e o actual primeiro-ministro vai para a estrada na próxima quinta-feira. De acordo com o seu director de campanha, Pedro do Ó Ramos, apesar de não ter adversários, desta vez Passos quis fazer mais encontros com o povo social-democrata do que em 2012 para “auscultar o partido e falar de assuntos do PSD e outros assuntos externos”. “Há dois anos, praticamente não houve campanha interna”, recorda.

Na verdade, o ambiente que se vive hoje no PSD é totalmente diferente do de 2012. Nessa altura, Passos ainda não tinha feito sequer um ano na chefia do Governo e não havia nuvens sobre a sua liderança. Ora, hoje o primeiro-ministro já sente os efeitos do desgaste do poder. E, principalmente desde a crise de Julho e do apelo do Presidente da República para um acordo de salvação nacional (em que se chegou a temer que não desse posse à remodelação acordada entre Passos e Portas), o debate sobre a sucessão do actual líder social-democrata foi aberto.

Nesse sentido, começou a desenhar-se um movimento pró-Rui Rio ostensivo, embora ainda residual. Figuras como António Capucho, Pacheco Pereira ou Miguel Veiga estão na linha da frente desse apoio, mas o ex-autarca do Porto já fez saber que o momento não é este. Rio afastou completamente a possibilidade de se candidatar nas próximas eleições à presidência do PSD. “A minha vida não passa pelo PSD, mas por definir a minha vida profissional. Não vou fazer oposição [a Passos], nem nunca fiz. Critiquei quando estavam em causa interesses do Porto”, disse em Dezembro, numa conferência da Casa-Museu João Soares. Depois disso, deu a cara pela Plataforma Uma Agenda para Portugal, de militantes sociais-democratas do Porto, que estão a trabalhar numa espécie de programa político alternativo ao de Passos.

O actual presidente do PSD arranca a campanha interna em Lisboa e vai concentrar as acções (sempre sessões de esclarecimento) nos dois fins-de-semana. No primeiro, terá a concorrência do CDS nas atenções mediáticas, reunido em Congresso em Oliveira do Bairro. Tal como Portas fez no Congresso do PSD, em 2012, Passos vai marcar presença no Congresso dos centristas, a bem da coesão da coligação.

sol.pt
 
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