Perder peso só é benéfico para pessoas obesas ou com excesso de peso

Lordelo

Avensat
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Perder peso não é sempre saudável e quem o diz são os investigadores da Escola de Saúde Pública Chan Harvard, nos Estados Unidos. Foi publicado um novo estudo onde se afirma que perder peso, intencionalmente, só é benéfico para pessoas obesas ou com excesso de peso.

Aliás os investigadores afirmam que pessoas magras, que tentam perder peso, podem acabar por ganhar peso, a longo prazo, mas também estar mais em risco de diabetes tipo 2. Estas conclusões foram publicadas, esta semana, na revista científica PLoS Medicine.


Depois de analisar quase 200 mil pessoas, que participaram em três estudos de 1988 a 2017, a equipa afirma que perder peso tem, no geral, benefícios para a saúde, a longo prazo, entre indivíduos obesos. Acrescentando que aquelas que perderam mais de 10 quilos conseguiram diminuir o risco de diabetes tipo 2, sem ganhar peso.

Para este estudo, os investigadores também analisaram estratégias eficazes para a perda de peso e dividiram todas em sete categorias: jejum; dieta com défice calórico; exercício; dieta com défice de calórico e exercício; programa comercial de perda de peso; medicamentos diuréticos; e uma combinação de jejum, comercial, e medicamentos diuréticos.

O exercício foi a estratégia mais eficaz, em termos de controlo e prevenção, a longo prazo, entre pessoas com obesidade. Foi também associado aos níveis mais baixos de ganho de peso após um período de quatro anos - 4,2% menos peso médio geral do que no início entre indivíduos com obesidade; 2,5% de perda de peso entre indivíduos com excesso de peso; e 0,4% em pessoas magras.



No entanto, esta tendência não se confirmou em pessoas que utilizaram a estratégia que conjuga jejum, comercial, e medicamentos diuréticos, já que indivíduos obesos só conseguiram 0,3% de perda de peso, pessoas com excesso de peso tiveram um ganho de peso de 2%, já indivíduos magros ganharam 3,7% mais peso.

24 anos mais tarde, em 2017, o risco de diabetes entre indivíduos com obesidade era ainda menor, independentemente da estratégia utilizada. Essa tendência variou muito indo dos 21% entre o grupo de exercícios, e os 13% para pessoas que usam medicamentos diuréticos.

Já entre os participantes magros, toda a perda de peso foi associada a um risco aumentado de diabetes tipo 2 - variando de um aumento de 9%, entre os praticantes de exercícios, a um aumento de 54%, para os que usaram medicamentos, ou a estratégia que os combinam com jejum e programas comerciais.

Assim, os autores do estudo sugerem que, embora a perda de peso seja claramente positiva para aqueles com excesso de peso ou obesos, as estratégias de perda de peso não têm os mesmos benefícios para indivíduos magros

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