Portas diz que Portugal "tem data marcada" para sair do programa de ajustamento,

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O vice-primeiro-ministro, Paulo Portas, disse hoje em Lisboa que Portugal "tem uma data marcada para finalizar" o programa de ajustamento e "não uma determinada taxa" de juro.



Paulo Portas falava hoje no encontro empresarial Portugal - Colômbia, que decorre em Lisboa.

O vice-primeiro-ministro esteve reunido com a ministra das Relações Exteriores da Colômbia, Maria Ángela Holguin, antes do encontro empresarial.

Durante a sua intervenção, Paulo Portas disse que na reunião que teve com a ministra colombiana explicou qual era a situação atual de Portugal.

"Nessa matéria pude dizer à minha querida amiga Maria Ángela Holguin que faltam sete meses para Portugal terminar o seu programa de assistência", disse Paulo Portas.

"E que esse programa tem uma data marca para finalizar, não uma determinada taxa (de juro), mas sim uma data, e que Portugal está a conseguir reduzir a despesa e vai ter agora a ajuda do crescimento da economia", sublinhou.

"O que significa que perante uma crise financeira duríssima, que não queremos ver repetida no horizonte das nossas vidas, Portugal vai conseguir, assim como a Colômbia conseguiu ultrapassar a ameaça do terror e do narcotráfico", salientou ainda.

Em declarações à Lusa, no domingo, Rui Machete advogou que a hipótese de um novo programa de apoio financeiro a Portugal dependerá de as obrigações da dívida pública a 10 anos se situarem numa taxa de 4,5% ou menor, valor que permite ao país financiar as necessidades do défice em termos que não comprometem o futuro.

"Se (a taxa) estivesse acima (dos 4,5%), não é possível. Não sendo possível, teríamos de encontrar vias alternativas, que normalmente se designam como um novo resgate", acrescentou Rui Machete.

Já esta segunda-feira, em novas declarações, o ministro de Estado e de Negócios Estrangeiros disse que referiu apenas "indicativamente e como mera hipótese" um juro de 4,5% para evitar um segundo resgate e que esse limite será determinado pelo Governo.

"Quero esclarecer que as taxas de juro a aceitar por Portugal serão obviamente as que o Governo, no momento oportuno e através do ministério competente, considerar sustentáveis pela nossa economia, e não qualquer outro valor fixado de antemão", disse Rui Machete.

Com Lusa
 
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