Presidente chinês condena "contenção e repressão" do Ocidente à China

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As relações da China com os Estados Unidos e vários países europeus deterioraram-se, nos últimos anos, face a questões de direitos humanos, comércio, tecnologia, acusações de espionagem ou diferendos sobre o estatuto de Hong Kong e Taiwan.


Isto resultou na imposição de sanções contra entidades e líderes chineses, suscitando uma retaliação por parte de Pequim.

"O ambiente de desenvolvimento externo da China passou por transformações rápidas e fatores incertos e imprevisíveis que aumentaram muito", disse Xi Jinping, citado pela agência de notícias oficial Xinhua.

"Os países ocidentais, liderados pelos Estados Unidos, implementaram uma política de contenção, cerco e repressão contra a China", descreveu. "Isto gerou desafios sem precedentes para o desenvolvimento do nosso país", admitiu.

As observações do líder, de 69 anos, que está prestes a obter um terceiro mandato presidencial inédito, foram feitas durante um encontro com membros de um comité consultivo, à margem da sessão anual da Assembleia Popular Nacional, o órgão máximo legislativo da China.

Xi Jinping disse que os últimos cinco anos foram marcados por um novo conjunto de obstáculos, que ameaçam abrandar a ascensão económica do país asiático.

As relações entre a China e os EUA atingiram um período particularmente tenso no mês passado, depois de um alegado balão de espionagem chinês ter sido abatido pelos militares norte-americanos.

O caso forçou o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, a adiar uma visita à China, na qual pretendia abordar questões delicadas, incluindo a posição da China sobre a guerra na Ucrânia, a competição tecnológica e a questão de Taiwan.

Em nome de uma suposta ameaça à segurança, os Estados Unidos multiplicaram nos últimos meses as sanções contra fabricantes de 'chips' semicondutores chineses, agora impedidos de adquirir tecnologia norte-americana e de países aliados, incluindo Japão e Holanda.

Os semicondutores são essenciais no fabrico de alta tecnologia.

As visitas de membros do Congresso dos Estados Unidos e dos parlamentos de outros países ocidentais a Taiwan, cuja soberania Pequim reivindica, também contribuíram para alimentar as tensões.

Em agosto passado, a visita a Taipé da ex-presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos Nancy Pelosi gerou fortes protestos por parte do Governo chinês, que considerou a viagem uma provocação e lançou exercícios militares em torno da ilha, numa escala sem precedentes.

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