Lordelo
Avensat
Um casal do Kentucky, nos Estados Unidos, está detido em casa com pulseira eletrónica, depois de ter recusado assinar um documento que os obrigava a cumprir as regras de confinamento caseiro devido ao coronavírus.
Elizabeth Linscott explicou à televisão local Wave que fez um teste ao Covid-19 como precaução, antes de visitar os pais e os avós. O resultado do teste, que acusou positivo, recebeu-o no dia seguinte, acompanhado de uma carta do departamento de saúde do distrito de Lincoln Trail.
A missiva ordenava que Elizabeth entrasse em auto-isolamento e alertasse as autoridades sanitárias caso precisasse de tratamento hospitalar. A jovem mãe diz que não assinou a carta por achar que essas regras atrasariam o socorro caso precisasse de ir ao serviço de urgências do hospital.
Face à recusa, dias depois a casa da família foi literalmente invadida por agentes policiais do condado de Hardin. "Um funcionário do departamento de saúde, que acompanhava os polícias, entregou-nos três documentos a mim, à minha mulher e à nossa filha", continuou o marido, a indicar que estavam em prisão domiciliária.
Foram-lhes colocadas pulseiras eletrónicas nos tornozelos que notificariam a polícia se se afastassem de casa mais de 60 metros. À estação televisiva, a família afirmou nunca ter recusado o confinamento caseiro; apenas não concordou com a forma como estava escrita a carta que lhes foi enviada.
"Foi exatamente o contrário que o diretor do departamento de saúde pública disse em tribunal: que me recusava a ficar em quarentena e esse não era o caso", disse Elizabeth. "Eu nunca disse isso!".
Do lado das autoridades de saúde do distrito de Lincoln Trail não houve qualquer comentário, afirmando apenas estarem a respeitar a privacidade dos Linscott.
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